site do filme: http://marleyandmemovie.com/
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Pets na telinha
site do filme: http://marleyandmemovie.com/
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Ismail Xavier e as telas brasileiras: um paradigma sobre Glauber Rocha
O Cinema Novo engajou-se na política e foi muito estimulado por movimentos culturais do país e de toda a América Latina. Tornou-se crítico e assimilou o espírito do radicalismo dos anos 60. Segundo Xavier, o modernismo dos anos 20 foi uma das inspirações para tais acontecimentos. Neste momento da história que se criou a matriz decisiva da articulação entre nacionalismo cultural e experimentação estática, fatores absorvidos e retrabalhados pelo Cinema Novo. Alguns filmes de autor resultaram e complexos demasiado exagerados, uma vez que se buscava uma arte pedagógica. Então, o cinema de autor ganhou uma feição particular.
Mas aos poucos surgiram desafios aos cineastas. Foi preciso questionar a burocracia da produção e o mito da técnica em nome da liberdade de criação e na incisão da atualidade. Xavier relata que neste momento da história levantou-se a discussão sobre os imperativos de mercado e os problemas de morte ou continuidade do cinema. A estética da fome visava enfrentar o golpe levando a atualidade, o engajamento ideológico e uma linguagem adequada às condições precárias, capaz de exprimir uma visão crítica da experiência social, às telas brasileiras. Já nos anos 80, houve ou adaptação no modo com o qual se produziam os filmes, resultando em um rompimento com a estética da fome e afirmando a técnica e a mentalidade profissional.
Entre 1969 e 1973, imperou no país o Cinema do Lixo, nomeado de marginal algumas vezes, que se traduz em uma postura agressiva, violenta, mas com humor retratando o momento infernal vivido no país. Este cinema foi alvo da censura, era mais ousado no sexo do que o Cinema Novo, tratava mais especificamente do lazer paulista na baixada Santista. Outro ponto de destaque é que este estilo também era uma forma de recusar a reconciliação com os valores de produção dominantes no mercado.
Mais tarde veio a necessidade de afirmar valores, iluminar experiências históricas, rever o passado e trazer pra dentro do cinema a mulher, o negro, o índio, a comunidade religiosa, o burguês nacionalista, todos os que de alguma maneira eram alvo de problemas sociais. A preocupação passou a ser o cinema da voz do outro, defender a diferença e impor sentido às vivências. Para concluir o livro, o autor faz um ensaio sobre Glauber Rocha, toda sua filmografia e sua importância não só para o cinema, mas também para a história do Brasil.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
BarraShoppingSul traz 8 salas de cinema à Porto Alegre
A criação deste complexo incentiva a transição para o novo modelo da rede cinéfila, atraindo as pessoas pela diversidade de títulos em cartaz e concentrando-se em centros urbanos. Atualmente, Porto Alegre soma 65 salas de exibição cinematográfica. Ainda este ano, seis salas do grupo GNC serão inauguradas no shopping Iguatemi. No próximo ano, a estimativa é que a cidade passe Curitiba, que hoje possui 67 salas. Se isto ocorrer, a capital gaúcha ocupará a quinta posição no ranking das cidades com mais salas de cinema no país. Na relação número de salas versus população, a cidade mantém o 3º lugar entre as capitais, agora com um cinema para 21,5 mil habitantes. Vitória com 1/18,4 mil e Florianópolis com 1/20,8mil lideram a lista.
Para comprar os ingressos pela internet, visite o site do Cinemark!
ANIMATV realizará oficinas
Para participar das Oficinas os interessados deverão apresentar uma idéia inicial de série para faixa etária compreendida entre 6 e 14 anos. O pré-projeto deverá conter:
a. Conceito Geral (três linhas apresentando de forma resumida a proposta de série a ser trabalhada na Oficina);
Realização: TVE-RS
Apoiador: Santander Cultural
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Bruno Barreto traz relato desconhecido do ônibus 174
Sandro Rosa do Nascimento passou a ser parte do Brasil no dia de sua morte, 12 de junho de 2000. Ao seqüestrar o ônibus da linha 174 no Rio de Janeiro, na tentativa de realizar apenas um assalto, as coisas se encaminharam para outro lado. O sensacionalismo midiático, a apreensão dos passageiros e a pressão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foram pequenos estímulos para uma tragédia que não só mudou a realidade no país, como também culminou em um documentário: Ônibus 174 de José Padilha.
Obcecado pela história e pelo documentário de Padilha, Bruno Barreto decidiu fazer um filme ficcional retratando a complexa trajetória de Sandro, mas o foco agora incidia para os bastidores. Ao saber que o protagonista havia sobrevivido à famosa chacina da Candelária, - meninos de rua entre 11 e 19 anos mortos e feridos por policiais na frente de uma igreja no Rio de Janeiro em 1993 - Barreto se apegou ainda mais ao relato. Mas seu ponto ápice foi a descoberta de um drama ignorado pelo jornalismo da época e pouco valorizado no documentário de Padilha, Sandro era órfão desde os seis anos, quando viu a mãe grávida ser morta a facadas por traficantes.“Fiz um filme sobre a condição humana e não sobre a condição social do Brasil. Sua história, baseada em acontecimentos reais, narra as trajetórias de uma mãe que perde o filho e de um filho que perde a mãe.”, define o diretor.
Enquanto isso, uma mulher que havia perdido o filho recém nascido e estava a procura deste, encontra Sandro. “Depois de pesquisar, descobri que ela tivera um filho chamado Alessandro cujo pai ela não tinha certeza quem era. Todos os dias de manhã, ela saía para o trabalho e deixava o menino com a vizinha. Um dia, ao voltar, a vizinha e Alessandro tinham desaparecido. Ela passou a viver obcecada pela idéia de recuperar o filho." , Barreto conta o drama desta mulher que acabou adotando Sandro. O diretor ainda ressalta: "o drama dessas duas pessoas em busca de afeto e que tentam sobreviver em condições totalmente desfavoráveis poderia acontecer em qualquer lugar e qualquer época”.
A reconstituição da vida do personagem não se esforça para ser extremamente fidedigna ao real, pois algumas mudanças foram feitas objetivando cativar o público. As cenas do seqüestro foram filmadas rigorosamente no mesmo local onde aconteceu a tragédia. “Escolhi filmar todos os exteriores – fora do ônibus – com câmeras de TV, colocando-as exatamente onde estavam quando o fato aconteceu, com um resultado que parecia material de noticiário”, diz o cineasta. Com roteiro de Braulio Mantovani, mesmo roteirista de Cidade de Deus, o filme promete ser um sucesso de bilheteria. A crítica já fez sua parte na divulgação, no momento em que se demonstrou interesse em captar o ponto de vista do outro lado o filme passou a ser alvo de diversas opiniões sobre o assunto. A equipe de Última Parada 174 espera transmitir a mensagem que a violência urbana urge em mostrar todos os dias, mas poucos prestam atenção.
Confira o trailer do filme:
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
The Offspring em Porto Alegre
Pela segunda vez no Brasil, o Offspring é considerado pai do Punk Alternativo que surgiu por volta dos anos 90. Nascida em 1984, a banda começou sua trajetória com o nome Manic Subsidal e seus integrantes eram Douglas Thompson (Vocal), Dexter Holland (Guitarra e Back Vocal), Gregory Kriesel (Baixo) e Jim Benton (Bateria). Os adolescentes se conheceram no ginásio da escola americana Huntington Beach e se inspiraram na banda local Social Distortion.
Apesar do evento ter começado com atraso, após algumas músicas houve um pequeno intervalo onde Noodles comentou ter gostado muito das músicas do Tequila Baby e elogiou a banda. Dexter Holland e Noodles fizeram algumas piadas e desafiaram a platéia a cantarem junto. Entre as músicas, se destacaram as mais antigas como: Come Out and Play (Smash, 1994), Pretty Fly (For a White Guy) e Why Don’t Get a Job (Americana, 1998).
Seu primeiro single ainda saiu em um disco de vinil pela gravadora Black Label Records com tiragem de mil cópias, contendo as canções "I'll Be Waiting" e "Blackball", mas não teve muito sucesso. Somente com o lançamento do seu CD inicial, The Offspring, que a banda começou a ficar conhecida pelo mundo. E depois da contundente música The Kids Aren't Alright eles se consagraram no ramo musical.
Com o primeiro lote de ingressos esgotados há quase uma semana, o show teve a presença de cerca de 15 mil pessoas superando as capacidades do local. Por causa do grande número de espectadores, muitas pessoas passaram mal e tiveram de ser retiradas pelos seguranças. Alguns fãs tentaram invadir o palco inúmeras vezes e foram convidados a sair também.
Mesmo o show sendo uma celebração do lançamento do mais novo CD, as músicas que embalaram a noite foram as de 97 e 98, fase muito boa da banda. All I Want, do disco Ixnay on the Hombre gerou uma forte interação com os fãs. Dexter tocou guitarra junto com Noodles e não poupou os solos. Greg K. trocou inúmeras vezes de baixo, a maioria da marca Ibanez, todos muito coloridos. Em uma das trocas, um dos captadores do baixo falhou e o baixista teve de trocar no meio da música, porém não houve interrupções.
A banda foi uma das primeiras a disponibilizar músicas para download na internet. O disco Conspiracy of One(2000), foi lançado na internet uma semana antes de sair em CD, causando polêmica. Em 2005 a banda veio a Porto Alegre lançar sua coletânea com os hits bem sucedidos.
Para encerrar, os californianos voltaram ao palco com Self Esteem (Smash). Muita energia e pessoas chorando. Uma hora e quinze minutos de show, fãs gritando e jogando coisas no palco. No último acorde da música Dexter sentenciou o cansaço e encerrou o show com um “it’s over” (traduzindo: acabou) para o desespero dos fãs que ainda esperaram até os instrumentos serem desmanchados para se convencerem de que o show havia, de fato, terminado.
Site Oficial: The Offspring Dot Com
Site Oficial no Youtube: OffspringTV
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
60 anos de PUCRS, 14 andares de biblioteca
Para saber mais sobre a Biblioteca Central Irmão José Otão, acesse o site:
Deborah Cattani
Curso debate comportamento da mídia brasileira
Para os que não puderam comparecer nas palestras, uma equipe de estudantes e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) transmitiu via internet todo o evento usando um sistema on-line chamado UStream TV. A organização também disponibilizou um endereço no MSN para que todos os espectadores virtuais pudessem dar sua opinião a respeito do assunto e fazer perguntas aos palestrantes. Um coletivo de Teresina, no Piauí, acompanhou o evento dessa forma.
Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo (USP), e Valério Cruz Brittos, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), comandaram a abertura do curso com um debate perspicaz abordando o tema “Comunicação, Capitalismo e Políticas Públicas”. As cinco aulas que ocorreram de segunda à sexta-feira, foram sediadas no auditório do Sindicado dos Técnicos do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul (Afocefe), centro de Porto Alegre.
Laurindo Leal mal obteve a palavra e já discursou sobre os males que a imprensa brasileira vem causando. Segundo ele, o povo é manipulado pelas grandes redes de televisão, onde a indústria discute todo tipo de assunto, exceto ela mesma. “A mídia diz que estamos na sociedade da informação, informação do que? Estamos na sociedade da fome”, afirma o professor ao tratar do assunto. Em suas palavras, é a mídia quem cria novas necessidades para a permanência do capitalismo atual. E ele explica parafraseando Karl Marx: “Estamos em uma crise capitalista. O pensamento da classe dominante se torna dominante”.
Após o simpósio, muitas perguntas foram estimulando ainda mais o debate. A associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço - RS) marcou presença contestando a falta de interesse dos governos em investir na comunicação como comunhão, processo democrático. Entre os espectadores, a presidente do Conselho Regional de Psicologia, Ivarlete Guimarães de França aproveitou a deixa para relembrar o movimento nacional, “Abaixo a Baixaria na Televisão”, e questionar as novelas atuais.
Outros docentes da área ministraram tópicos em torno assunto em voga. Para fechar o curso, uma atividade especial, realizada no sábado (1), na Sede Campestre da Afocefe, tratou da recente fusão da Brasil Telecom com a Oi, da legislação da comunicação do Brasil e o andamento dos processos jurídicos de concessão de outorga das rádios comunitárias no Rio Grande do Sul.
Sites:
http://www.crp07.org.br/index.php - Conselho Regional de Psicologia
http://www.proconferencia.com.br/ - Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação
http://mocambiquebrasil.blogspot.com/ - Observatório da Digitalização, Democracia e Diversidade (DDD)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
CEN promove cinema para todos
Apesar de o CEN se passar no sul do Brasil, recebe trabalhos de todo o país para a mostra competitiva. Entre as categorias, a mais ansiada foi a mostra Sala de Aula, coletânea de curtas selecionados rigorosamente pela comissão organizadora do festival - de alunos dos cursos de Jornalismo, Produção Audiovisual e Cinema. As exibições desta categoria ocorreram dentro das universidades da capital e da grande Porto Alegre. Os participantes podiam classificar a atuação dos filmes, após assistirem as sessões. Os temas variaram muito, desde filmagens sobre o significado de uma palavra em dialeto indígena até uma entrevista com Álvaro Guimarães, jornalista e diretor de Caveira, My Friend!.
No cinema cofre do Santander Cultural a mostra Vanguardeiros Históricos reavivou três grandes obras do cinema mundial: Um Cão Andaluz (1929) de Luis Buñuel e Salvador Dalí, Entr'acte (1924) de René Clair e Francis Picabia, e Le Ballet Méchanique (1924) de Fernand Léger e Dudley Murphy. Os filmes foram muito bem recebidos pelo público, em sua maioria estudantes de cinema, professores e amantes da sétima arte. "É bom que às vezes alguém de acesso a essas coisas para quem tem interesse", comenta Rafael Brayerd Lima, 17 anos, estudante.
Além das sessões gratuitas de cinema, o CEN possibilitou o acesso para as pessoas com poucas condições financeiras. No dia 16 de outubro, o filme “Povo Lindo, Povo Inteligente” foi exibido no Clube das Mães (Rua Curupaiti, 915) no bairro Cristal, Zona Sul de Porto Alegre. A história se passa em Piraporinha, periferia de São Paulo, onde foi retratado o ambiente multicultural que há seis anos se chamou “Sarau da Cooperifa” (Cooperativa Cultural da Periferia). Em seguida, um debate com o diretor deste, Sérgio Gagliardi, e o escritor, Alessandro Buzo refletiram sobre os rumos da disseminação cultural em comunidades carentes. A atividade foi apoiada pelo Projeto de Descentralização da Cultura da Prefeitura.
Sexta-feira (17) ocorreu o encerramento, seguido da premiação dos filmes destaques. O Fim da Picada, de Christian Saghaard, levou o primeiro lugar entre os longas-metragens pelo júri de premiação. Nos votos do júri popular, o longa mais condecorado foi Pan-Cinema Permanente, de Carlos Nader. Ticiano Monteiro e Guto Parente conquistaram o prêmio de melhor curta com Espuma e Osso, segundo o júri da premiação. A Cozinha Maravilhosa, de Juliano Reina, também ficou em primeiro lugar na categoria curtas, pela decisão do voto popular.
Vídeo do Show do Musical Amizade
Link do site do evento: CineEsquemaNovo
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Estamos todos cegos
Vi a crítica falar que o ser humano não é capaz de ser tão grotesco como na suposição de Saramago. Onde uma epidemia de cegueira rapidamente se alastra pelo mundo e por medo da contaminação, aqueles que ainda não foram atingidos decidem isolar os doentes. Presos entre 4 paredes e em condições precárias, os cegos se esquecem das noções de ética ensinadas na escola e nas famílias e partem para a guerra pela sobrevivência. As pessoas pensam que somos racionais. Que somos os únicos animais racionais na terra. Se somos animais como podemos ser racionais? O que quer dizer ser racional? Ter a habilidade de criar tecnologia ou matar uns aos outros por ganância?
Quem disse que os macacos não são mais racionais que os seres humanos? Afial, macacos nunca entraram em guerra, nunca atiraram uns nos outros e com toda certeza macacos sabem que precisam da cooperação de um grupo para manter a sobrevivência. Na minha sincera opinião, continuamos em um estado primitivo, em uma cegueira que nos impede de ver o próximo. Nossa única preocupação: nosso umbigo. Criticar o outro é a única solução de não ver os próprios erros. Uns passam horas tentando achar um defeito, em vez de simplesmente tentar absorver o que há de bom em algo ou alguém. Outros, tentam ser heróis, mas nada fazem para mudar o que vivemos. O mundo não está em paz, e com certeza morre mais gente hoje em dia do que na época da inquisição e das lutas medievais. Somos animais selvagens, lutando não por comida, mas por posses. Posses essas que não podem ser levadas conosco. A única coisa que nos pertence e conosco permanece, é o que somos, tudo o que aprendemos e somente isso. Se deixarmos o mundo nos cegar por mera ganância e egoísmo, não nos resta nada se não a guerra.
E guerra, mata.
Deborah Cattani
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Macacos, anarquismo, cinema: Spolidoro é o cineasta do ano
domingo, 5 de outubro de 2008
The Cult deixa Porto Alegre e segue sua turnê
Formado pelo vocalista Ian Astbury em 1984, após largar a banda Southern Death Cult, The Cult se tornou popular após o lançamento do disco Dreamtime em agosto do mesmo ano. Álbum este que se mostrava avançado para sua época, misturando música gótica com progressiva e muito heavy metal. O single Spiritwalker foi seu primeiro hit de sucesso. Agora com apenas dois membros da formação original, Billy Duffy (guitarra solo) e Astbury, a banda conta ainda com John Tempesta (bateria), Chris Wise (baixo) e Mike Dimkich (guitarra).
Ao contrario do esperado, a banda soltou seus acordes mais fortes de guitarra e deixou de lado os clássicos dos anos 80, enfatizando seus discos mais atuais. Duffy foi a estrela da noite, depois de trocar mais de três vezes de guitarra, atingiu seu ponto máximo deixando os fãs boquiabertos. Grande parte da platéia tinha faixa etária acima dos 40 anos sendo fãs de longa data da banda. Há via pessoas de todos os lugares, inclusive do interior para prestigiar o show.
Anderson Rech, estudante de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atravessou a cidade de ônibus para assistir o único espetáculo em Porto Alegre. “Acho que o show foi muito bom, apesar de que faltaram alguns clássicos e o tempo foi curto”, relata Rech. Os pontos altos da apresentação foram as músicas, Spiritwalker (Dreamtime), I Assassin (Born Into This) e a balada Edie (Ciao Baby) do álbum Sonic Temple. Seguindo a turnê, a banda toca dia 7 de outubro em Curitiba, dia 8 em São Paulo, dia 10 em Brasília e dia 11 em Fortaleza.
Promessas de um novo mundo
site do filme: http://www.promisesproject.org/
Deborah Cattani
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
VIII Semana de Letras discute hermenêutica e globalização
Organizado pela diretora da FALE, Maria Euníce Moreira, em conjunto com os alunos da graduação e pós-graduação, tem como objetivo discutir quais os efeitos da linguagem no mundo. Uma das palavras mais pronunciadas ontem foi: hermenêutica – que quer dizer interpretação do significado. Draiton Gonzaga de Souza, doutor em Filosofia pela Universidade de Kassel (Alemanha) e professor da Faculdade de Filosofia da PUCRS, falou sobre a importância da língua. “Nós não temos um acesso direto ao mundo, nosso acesso a ele é sempre através da língua”, enfatizou o professor.
Outro ponto alto da palestra, ministrada por Gonzaga de Souza, foi em relação ao desenvolvimento filosófico das letras. “A nossa compreensão sempre se dá através de um processo histórico, pois já estamos marcados por uma história que nos precede. Estamos sempre no passado”, refletiu o palestrante quando questionado sobre a emblemática, homem versus espaço e tempo. Ele ainda grifou que há limitações na interpretação humana: “a nossa compreensão é finita, parcial e a partir de uma perspectiva. O que nós fazemos permanentemente é discutir”.
Ainda na tarde de ontem, uma sessão de cinema seguida de um debate entre os professores da casa, Carlos Gerbase e Luis Antônio Assis Brasil, fez lotar o auditório do prédio nove da PUCRS. “Paisagem de Meninos”, curta-metragem brasileiro escolhido pelos alunos, retrata a trajetória de quatro amigos no interior do estado do Paraná. Na trama, os meninos aficionados por cinema são impedidos de ver o último episódio da sua série favorita por causa de uma nova regra imposta no teatro. Para resolver o conflito, os meninos criam um plano, mas um deles não consegue entrar no cinema e daí em diante passa a ser o personagem principal de seu próprio relato.
Gerbase fez uma crítica construtiva em cima do curta de Fernando Severo e depois falou sobre influência da literatura na projeção. “No cinema se concretizam coisas que na literatura o leitor tem que imaginar”, o professor de Produção Audiovisual da PUCRS explicou a dificuldade dos diretores de fazer com que o roteiro vire filme, seguindo a risca todas as sensações que a leitura causa no ser humano. Assis Brasil analisou por outra perspectiva, segundo ele, o filme demonstra como a mente pode ser fértil: “ele mostra todo esse poder que temos de imaginar”.
Para encerrar o dia, ainda ocorreram apresentações de trabalhos dos alunos e uma palestra sobre o ENADE, por Marisa Smith. Hoje (25), diversas oficinas foram postas a disposição dos inscritos no evento, tais como: “A Arte de Contar Histórias”, com Celso Sisto e “Leitura da Literatura e Multimídia”, com Ana Maunari e Daniela da Silva. Na sexta-feira, último dia do simpósio, haverá um debate com Valdir Flores sobre o tema “A Lingüística e o Lingüista em Tempos de Pós-Modernidade”. Logo após, apresentações de formandos e uma mostra cultural com Aureliano Hernández. Para finalizar, uma sessão musical com a banda The Robert’s será oferecida no auditório do prédio nove às 21 horas.
Veja AQUI o cronograma!
sábado, 20 de setembro de 2008
Asas para voar
Para ler a matéria na Cyberfam, clique aqui!
Deborah Cattani
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Wim Wenders e a odisséia do futuro cinematográfico
domingo, 24 de agosto de 2008
O Google dos aventureiros
Com cerca de 34000 colaboradores de todos os lugares, o Inema organiza e publica as emoções daqueles que trocam a batalha do dia-a-dia por uma mochila e decidem encarar desafios pondo os pés na estrada. Além dos textos e imagens, dicas de lugares e eventos recorrentes ganharam maior espaço e agora se destacam norteando o destino dos possíveis viajantes.
O mundo não é tão grande que não possa ser percorrido de formas inusitadas, como em uma moto precária ou uma jangada. Afinal o cotidiano é demasiado turbulento e um pouco de ação ajuda a quebrar a tediosa rotina. O que se pode ver no Inema? Nada de atos fantásticos de superatletas, mas as conquistas de gente como a gente que sai do escritório, da empresa, do consultório, entre outros, para realizar um sonho de fim de semana ou dar andamento a um projeto de vida.
Através de fotos e depoimentos, a página mostra tudo que um evento pode oferecer de bom, bem como variadas possibilidades de roteiros, trilhas e mapas de lugares muito além da tela do computador. O termo aventura ganha maior significado abrindo espaço para que qualquer pessoa dê um grande passo e decida soltar sua alma aventureira, compartilhando esses momentos. A feira de motos na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) ou escalar o Everest sozinho são exemplos do que você pode encontrar no site.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Dança da Chuva
Com os breves passos
O céu escurece em Porto Alegre
Chacoalham seus chocalhos
E murmuram cantigas
Aos poucos o sol brilhante se esconde
E nos rostos dos passantes
Pingos gelados se desmancham
Deborah Cattani
terça-feira, 8 de julho de 2008
Mais um João
Crimes como este não podem mais ficar impunes.
Deborah Cattani
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Fim de Semestre
Matéria Assédio Moral
Matéria Iberê Camargo
Matéria Alegría
Matéria Mudanças no Cristal
Matéria Show de Jazz
Matéria Curta Circuito
Matéria Maitê Proença
Deborah Cattani
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Novas tecnologias e a ética profissional
Nos últimos anos, o avanço tecnológico foi tão rápido que o próprio ser humano não pode acompanhar normalmente. A demanda de informação se tornou incontrolável e, para isso foram criadas técnicas e regras para que houvesse uma maneira de se driblar a ansiedade de informação. Não obstante, a comunicação não alcança a cobertura de todos os fatos e por isso não há como interpretar-los em uma notícia como feito anteriormente.
O resultado destes avanços se deu em uma brecha entre o que é compreensível pela sociedade e o que a sociedade se sente obrigada a saber. Não conseguindo mais ver a diferença entre dados e conhecimento, porque a informação não diz o que deveria, o ser humano sofre dos males da ansiedade de informação. Richard Saul Wurman ressalta em seu livro (Ansiedade de Inform@ção – Cultura Editores Associados, capítulo 1, página 41) uma citação importante de Kingsley Widmer: “comunicação demais pode resultar em nenhuma comunicação (...)”.
Essa mudança social levou os jornalistas a quebrarem as regras, antes estabelecidas, para conseguir cada vez mais informação, à medida que o jornalismo atual vai ficando cada vez mais empresarial e priorizando a corrida pelo furo de reportagem. “O exagero começou a nublar as diferenças marcantes entre dados e informação, entre fatos e conhecimento”, diz Wurman a respeito do assunto.
A partir daí, se perdem os valores de ética jornalística para se ter a capa do jornal, para vender mais e para gerar lucros. A comunicação deixa de ser informativa e passa a ser comercial. Isto influência os jornalistas a competirem entre si para poderem sobreviver no seu mercado.
O jornalista esquece que suas funções eram: filtrar boas matérias das ruins, formar o leitor e auxiliar em uma boa interpretação do fato, passando apenas a buscar cada vez mais dados. E a busca de dados se torna cada vez mais perigosa. Uma vez que se junta as novas tecnologias com a falta de ética profissional, o resultado é uma mudança comportamental.
“Nova tecnologia, nova ética: toda vez que a humanidade dá um salto tecnológico, o resultado é um impacto na moral”, Mário Rosa explica em seu livro “A Reputação - na velocidade do pensamento: Imagem e ética na era digital” (Geração Editorial, página 53). Então, as novas tecnologias começam a facilitar o trabalho jornalístico, de forma que há um rompimento com a questão ética.
Não estou dizendo que o profissional deva ser obsoleto e utilizar-se somente de matérias sem tecnologia. Mas sim que existe uma falta de limitação deste uso, hoje em dia. O jornalista não respeita as regras, em sua maioria porque as desconhece ou porque teme perder seu emprego. Podemos ver que o uso de material indevido se torna praticamente obrigatório aos profissionais da área.
O sistema onde o jornalista recebia um dado e checava sua veracidade se tornou decadente em função do jorro de informação diária e da competição para dar mais informação aos leitores. A qualidade passou a ser um fator secundário, e predominou a quantidade. As folhas tentam competir com a internet, a internet compete com a TV, a TV compete com o rádio, o rádio com as folhas e a luta entre eles vai aumentando sucessivamente.
Com isso, ocorrem erros que antigamente eram inadmissíveis como, por exemplo, o ocorrido no dia 20 de maio deste ano: um incêndio em um prédio em São Paulo levou um jornalista do GloboNews a acreditar que um avião da empresa Pantanal havia se chocado com este. Sem checar a veracidade da informação, esse sujeito mandou os dados por celular para a central de redação do canal de noticiários que interrompeu a programação na hora e deu a notícia de supetão. Quando, na verdade, o incêndio teria sido provocado pela explosão de um botijão de gás em uma fábrica de colchões.
Situações como estas se tornaram corriqueiras, assim como falsas denúncias feitas com uso de câmeras escondidas. O programa da Rede Globo, Fantástico é um dos que mais utiliza este método e consequentemente sofre processos judiciais por isso. Existem diversos jeitos de conciliar as tecnologias com os valores éticos do jornalismo. Franklin Martins diz em seu livro, Jornalismo Político (Editora Contexto), que se deve respeitar sempre as fontes e principalmente a sociedade, já que estas são as lealdades de um comunicador.
Se existem princípios é porque eles são necessários para que a sociedade conviva em harmonia. A corrida pelo furo deve ser vista pelo profissional como algo importante, porém não como o principal. A concentração deve se manter na qualidade, na ética e no respeito. Matérias de cunho investigativo ou denunciativo com uso de câmeras escondidas podem ser feitas com auxílio do Ministério Público, sempre dentro da Lei de Imprensa (Lei nº. 5.250/1967).
Comunicadores devem fazer a sua parte e respeitar sempre as suas fontes e o leitor, para que sempre tenha fontes e ganhe o compromisso da sociedade consigo. Afinal, as tecnologias foram introduzidas ao longo dos anos para facilitar nossas vidas e não o contrário. Na minha opinião, vale usar todas elas, desde que sempre se mantenha dentro das regras estipuladas, preservando a integridade e imagem de todos os lados. Matérias aprofundadas, bem feitas e fidedignas atraem o leitor tanto quanto o furo de reportagem, e são maneiras de acabar com os problemas da ansiedade de informação.
Trabalhar os dados, interpreta-los e transforma-los em reportagem, documentário, ou qualquer outra forma de informação, leva a um resultado agradável a todos. Um profissional de verdade segue sempre essa moral e tenta ser o mais ético possível, e tenta estar sempre atualizado perante a sociedade.