domingo, 30 de dezembro de 2007

A sucessão de Benazir Bhutto

Fonte: Estadão

Após ler a reportagem no Estadão, fiquei escandalizada. Como pode um rapaz estudante da Oxford de 19 anos liderar a oposição no Paquistão? "A escolha do filho mais velho de Benazir Bhutto para liderar o Partido do Povo Paquistanês (PPP) não gerou festejos nas ruas, porque ainda se chora o luto de Benazir, mas agradou a muitos dos paquistaneses que protestam nas ruas." - diz a reportagem do site http://www.sapo.pt/. O povo paquistanês está cada vez mais enterrado no próprio buraco, um jovem inexperiente no poder que acabou de perder a mãe com certeza não vai ser a solução, apenas mais um atrativo para um novo atentado. Acho que providências devem ser tomadas, não só no país, mas no mundo, não é possível que parte deste continue calado perante a sucessão de fatos que estamos acompanhando nos últimos dias. "Ou as eleições se realizam já dia 8 de Janeiro, como está previsto, e vamos ganhar e construir uma democracia, ou Musharaf declara o adiamento das eleições e vai haver muitos protestos, muita violência, não teremos outra solução", diz um dos integrantes do PPP com esperanças da tão ansiada conquista da democracia no país. Porém a violência que se aguarda não trará igualdade nenhuma, apenas dará razão aos americanos em pensar que são todos terroristas. Violência só gera violência. É ridículo que no século 21 ainda se escute falar em ditadura e guerra, a tecnologia e o passar dos anos deveriam supostamente nos mostrar que a brutalidade é o maior erro da humanidade, mas parece que o homem não aprende. Os anos passam e continuamos a cometer os mesmo atos, a falta de comunicação no mundo globalizado chega ser irônica para não dizer triste. Sem falar na sede de poder. As coisas tem que mudar em breve, ou vamos voltar a ser bárbaros morando em cavernas.

Para entender melhor assista ao vídeo do jornalista Roberto Gody, clique aqui!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007

A visita do Papa e de Bush ao Brasil, as alianças de Lula e Chaves, as chuvas no Rio de Janeiro, o buraco nas obras de São Paulo, os trens que se chocaram no Rio, as abelhas que mataram um cavalo em Porto Alegre, o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), muito comemorado por sinal, o início da televisão digital no Brasil, o menino arrastado dentro de um carro para a morte por assaltantes sem coração no Rio, as invasões de apartamentos da zona nobre de Porto Alegre, o dólar baixo, a bomba em Israel durante um jogo de Baskete, a volta da febre amarela, o surto de Rubéola no Rio Grande do Sul, o início da construção do maior shopping da América Latina em Porto Alegre, a crise do leite, os protestos, os alertas da ONU em relação ao meio ambiente, o filme sobre o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o pedófilo preso pela Interpol na Europa, o acidente de caminhões em Santa Catarina que causou polêmica, a gravidez da irmã caçula de Britiney, o desaparecimento de Madaleine, entre outros fatos. O ano que termina na próxima segunda feira vai ficar marcado na história. Desde os 40 acusados do mensalão até o acidente de avião no dia 17 de julho, que abalou a Associação Nacional de Aviação Civil (ANAC) culminando em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No Brasil, o destaque do ano foi o Panamericano, que introduziu uma nova era do turismo no país. No mundo, os atentados no oriente médio e a crise econômica mundial foram os assuntos mais recorrentes. Mas não foram só esses os acontecimentos que fizeram época, muitas coisas mudaram este ano, no futebol a venda do jogador Pato ficará na memória dos colorados. Assim como as mortes de Benazir Bhutto, Norman Mailler, Evandro Luiz Troian, Paulo Autran, Luciano Pavaroti, Amoretti, Nair Belo, Norton Nascimento... É muitas coisas deixarão saudades, mas há muito eu não via um desespero tão grande da população em virar um ano. Desde de outubro que se vê preparativos e comemorações ansiosas pelo fim de 2007. E todo o ano é igual, as mesmas promessas não cumpridas, crises e esperanças de um ano melhor. Vamos rumo à 2008, esperando que o mundo seja mais justo, menos poluído (ecológico e economicamente) e mais tolerante.

O site de entretenimento Terra, lançou uma página na web dedicada ao ano que esta por acabar, para acessar clique aqui!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Inclusão digital nas escolas

No dia 18 de dezembro, foi realizado um pregão eletrônico para definir um modelo de laptop educativo de baixo custo a ser utilizado pelo projeto do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação, Um Computador por Aluno (UCA). A proposta era testar os laptops ainda essa semana para ver quais seus resultados dentro das escolas e a divulgação iria ao ar no dia 24 deste mês. Porém o pregão foi suspenso hoje e não há previsão de datas para realização ou divulgação do UCA.
Um dos laptops em vista era o Classmate PC, desenvolvido pela Positivo Informática em parceria com a Intel, com o valor de R$ 98,18 milhões para um lote de 150 mil máquinas, ou seja, R$ 654,50 por computador. Mas não alcançou as metas pretendidas pelo governo, que seria em torno de R$200 por computador.

Ainda ontem houve negociações entre a Positivo Informática e o governo indicando a retomada do pregão nesta quinta-feira, mas não ocorreu nenhuma confirmação ainda. Na primeira fase do Projeto UCA, alunos de cinco escolas públicas testaram três computadores: o Classmate PC, o Mobilia e o XO (também conhecido como "laptop de US$ 100). As 1.390 máquinas foram testadas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Tocantins.

Deborah Cattani
Fonte: Terra

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Um ano depois...

Pois é, exatamente há um ano atrás, o Gabiru marcou o gol da história do Internacional, tornado o time Campeão do Mundo. Mas e agora? O time que conquistou o mundo no final de 2006 foi totalmente desmantelado e encontra-se em uma situação pouco animadora para os torcedores colorados. Como se não bastasse todo aquele escarceu durante o ano de 2007 sobre a venda do jogador Pato e a substituição de técnicos, em vez de melhorar a escalação do time e focar no futuro deste, os chefões do Inter realizaram uma Noite Japonesa para festejar o um ano de campeão mundial. Tudo bem que sabemos que a falta de bons jogadores e de treino no Inter são consequência do investimento na futura reforma à ser realizada no Beira-Rio no ano de 2008 para cobrir o estádio em função da copa de 2014 que será realizada no Brasil. Mas mesmo assim não entendo onde foi parar a garra dos colorados que depois da conquista de Yokohama descansaram e perderam a vontade de ver o time como principal. A atenção dos torcedores agora se volta em agourar os times inimigos que alcançam o Inter em outros campeonatos, e a dos administradores do time está voltada para a mídia e para as reformas do estádio. Mais uma vez vemos o nosso time ser deixado de lado, não me conformo com a atitude de certos torcedores que simplesmente passam a mão na cabeça do time ao vê-lo perder uma partida, desse jeito os jogadores vão ficando mal acostumados. O negócio agora é partir pra cima, esperar as reformas acabarem e cobrar da direção e do técnico o que deve ser feito, gols.

sábado, 15 de dezembro de 2007

100 anos de Niemeyer

Completando hoje cem anos de vida, o famoso arquiteto mundialmente conhecido, Oscar Niemeyer continua a desenhar as curvas tropicais do Rio de Janeiro. Carioca de nascença e coração, o poeta e também arquiteto começou sua carreira nos anos 1940 e criou sua fama nos projetos que se tornaram cartão-postal de Belo Horizonte, no bairro da Pampulha, e, dez anos mais tarde, com a construção dos edifícios da nova capital federal, em Brasília.
Niemeyer continua trabalhando ainda hoje, mesmo com os anos que lhe pesam no rosto e as dificuldades da saúde, ignora a idade e faz de suas obras arte e poesia. Entre seus atuais projetos está o Centro Cultural Internacional Niemeyer de Avilés, sua primeira obra na Espanha. Ele também irá comandar em 2008 a reforma do Palácio do Planalto.
Niemeyer utilizava-se da arquitetura orgânica, aliada às formas da natureza, tomando a dianteira do modernismo brasileiro. Baseado nas formas barrocas do Brasil colonial e contra a postura rígida das escolas do pós-guerra, tornou-se o rei dos traçados geométricos da arquitetura da época.
"O Pão de Açúcar foi para Niemeyer o que a montanha Santa Vitória foi para Cézanne: uma imagem da permanência da natureza, uma obsessiva presença formal e espiritual que continuaria a inspirar sua arte", diz o professor de Artes David Underwood no livro Oscar Niemeyer e o modernismo de formas livres no Brasil.
Iniciou sua carreira trabalhando no escritório dos já consagrados Lúcio Costa e Carlos Leão. Participou do projeto da sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio, primeiro monumento do modernismo na América Latina. Foi nessa época que conheceu o arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965), pensador revolucionário do seu tempo, e que foi à Feira Mundial de Nova York, mostrar ao público internacional a nova arquitetura feita nos trópicos. Anos mais tarde, em 1947, Niemeyer voltaria à mesma cidade para projetar com um grupo de arquitetos, incluindo o próprio Le Corbusier, a sede da Organização das Nações Unidas (ONU).


Fonte: Terra

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Humor negro invadindo a web

Há algum tempo surgiu e vem surgindo cada vez mais umas tirinhas de cartoons que estão se popularizando na Internet, Cyanide and Hapiness. Cômicas, sem pudores e drasticamente realistas, as tirinhas desenvolvidas por um grupo de americanos, que hoje já possui inclusive um site, estão invadindo não só o mundo virtual como também o real. Já não faz muito, os criadores do Explosm.net - Dave, Matt, Kris e Rob - lançaram camisetas polêmicas contendo alguns de seus mais famosos trabalhos. Os comics geralmente abordam temas como religião, sexo, machismo, política e cultura, são irônicos e não perdem tempo quando o assunto é ridicularizar o que vier pela frente. Por enquanto não parecem ter atingido ninguém apesar de suas piadas infames, pelo contrário, a popularidade e a aceitação perante ao público só tende a crescer. Que golaço, nada como simples desenhos feitos no Corel Draw difamando tudo e todos para fazer pessoas rirem, é uma ótima maneira de ganhar dinheiro. Além das clássicas tirinhas, tem também os filmes em flash, o fórum de discussões e sites criados por fans para admirar o trabalho desses quatro jovens.

Fonte: Explosm.net
Vídeo do site, para assistir basta clicar em cima!
Cyanide and Happiness, a daily webcomic

sábado, 8 de dezembro de 2007

São Paulo tem motivos para comemorar após 12 anos

clique aqui para ver a fonte da notícia

Na manhã deste sábado, Ronaldo Marzagão, secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, declarou que ontem nos 93 distritos policiais da maior cidade brasileira não foi feito nenhum registro de homicídio. O fato inédito ocorreu pela última vez em 1995, 12 anos atrás. Além deste motivo, há dados que comprovam que desde 1999, o número de homicídios registrados caiu cerca de 63% no estado de São Paulo. Sem falar que nos últimos sete anos houve uma queda de 72% no número de assassinatos na capital paulista. "Neste momento, são 11,6 homicídios por 100 mil habitantes. Se Deus quiser, chegaremos no ano que vem a 10 por 100 mil, que é uma marca aceita pela ONU", afirma Marzagão. As metas do secretário estadual são aumentar as batidas em bares noturnos por sua maior concentração de bebidas alcoólicas, grande fator de influência em casos de violência. Vamos torcer para que estes números continuem caindo.

Deborah Cattani

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sobre a escrita

"Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer.
O som de minha máquina é macio.
Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.
Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.
Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.
Simplesmente não há palavras.
O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.
Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.
Simplesmente as palavras do homem."


Clarice Lispector

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Polentas do primeiro semestre na TV

Depois do Stand cruel que fizemos na frente do prédio 7 da PUCRS, fomos desafiados a produzir e gravar um programa ao vivo com 20 minutos de duração. Mãos suadas, falhas na memória, nervosismo foram as principais queixas desses focas iniciantes na preparação do espetáculo que estava por vir. Passados os primeiros 30 segundos, esquecemos que estávamos no ar e a entrevista com o professor Victor Necchi rolou solta. De repente os 10 minutos do primeiro bloco pareciam 10 segundos e faltou tempo para que todos podessem falar. Mesmo assim, fizemos um bom trabalho! Conseguimos transmitir nossa principal idéia, pegamos boas informações sobre jornalismo literário com o professor Necchi e ainda tivemos um debate de 10 minutos no segundo bloco que transcorreu surpreendentemente bem. Nenhuma falha técnica, parecia um milagre, gaguejamos, porem o fizemos. Finalizando esta cadeira, esse programa se tornou um ótimo meio de fazer foquinhas inexperientes se sentirem capazes diante de uma câmera, sem contar na gostosa experiência de ser um jornalista de verdade, mesmo que por vinte minutinhos.
Saímos do estúdio com a missão cumprida, e mais, com vontade de fazer de novo. Estamos plenamente conscientes de que daqui alguns anos, ao finalizar a faculdade, quando abrirmos a página do youtube e surgir o vídeo da aula de hoje, daremos boas risadas, e saberemos que neste momento seremos grandes, mais do que somos hoje.
É com satisfação e orgulho que ofereço aos caros leitores deste blog o link de acesso ao vídeo que deve entrar no ar nesta tarde. Para ver o programa basta clicar AQUI!
Você deve estar se perguntando se acabou aqui, não, ainda não. Pretendo continuar escrevendo nesse blog por muito tempo, não apenas para mostrar aos leitores como é a rotina de uma jornalista em formação, mas também por amor a arte de escrever. Se continuarei a faculdade ainda não sei, a vida é cheia de obstáculos que eu pretendo superar, porém sei que um dia vou ser o que quero e vou estar lá, lembrando da manhã de hoje e de muitas outras manhãs onde descobrimos que fazer jornalismo não é uma brincadeira, mas pode ser divertido e prazeroso também...


Deborah Cattani

terça-feira, 20 de novembro de 2007

217 cidades comemoram dia da Consciência Negra com feriado

Hoje, dia Nacional da Consciência Negra, foi considerado feriado em 217 cidades brasileiras. Entre elas estão as três capitais: São Paulo, com a maior população negra do mundo depois da África, Rio de Janeiro e Cuiabá. O estado com mais municípios engajados na data, 105 cidades, é o Mato Grosso, seguido de Rio de Janeiro, 92 cidades, e São Paulo, com 11 cidades. Com o evento, o Projeto de Lei do Senador Paulo Paim, que propõe feriado nacional todos os anos nesta data em homenagem á morte de Zumbi dos Palmares, ganhou destaque. A Parada Negra está sendo organizada pelos ativistas do Movimento Brasil Afirmativo. CUT, UNEGRO e CONEN também pretendem desfilar em comemoração da data.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A arte sem antagonismos

A cultura ganha forma em exposições artísticas de Porto Alegre. Bienal do MERCOSUL e Bienal B: a arte na rua e a rua na arte.

Os dois pontos de interrogação representam a inevitável reflexão em um espaço com diversidade expressiva e cultural. Essa é a cara da 6ª. Bienal do Mercosul que, sob o tema “A Terceira Margem do Rio”, inspirado em um conto de João Guimarães Rosa, invade as conversas informais, estampa pilhas de jornais e orgulha Porto Alegre por ser a capital-sede de um evento artístico como esse.
O espaço para tanta variedade, no entanto, se tornou pouco. Entre artistas plásticos renomados e a Feira do Livro, criou-se também a Bienal B: mais um lugar de expressão independente e alternativa. Exposição onde conceitos urbanos, acadêmicos e visões diferenciadas interagem entre si.
Bienais misturam-se pela cidade espalhando cultura e diversidade para todos. Explorando o imaginário popular, as obras eliminam a característica tradicionalista. Agora contam com vídeos, colagens e muita criatividade. Uma verdadeira atração para os olhares dos passantes.
Os museus e o Cais do Porto são apenas alguns dos lugares onde a arte está presente. As ruas também se tornaram grandes galerias artísticas, fomentando o turismo para a capital do Rio Grande do Sul.

Bienal B: o reflexo urbano
Por Bruna Scirea

Spray nas mãos. O colorido diante dos olhos. A arte surge como expressão dos anos de internet, de publicidade e da falta de tempo. Sua visualidade é rápida, de fácil acesso e, por muitas vezes, de opiniões divergentes. A arte urbana convida o jovem a um mergulho no conhecimento estético. Ela seduz e simpatiza a nova geração.

Espaços de exibição não faltam: a Bienal B se concretiza como uma grande incentivadora da produção artística informal. O cotidiano e os símbolos das ruas invadem centros culturais, shoppings, lugares noturnos e até mesmo o aeroporto de Porto Alegre. Seu objetivo é somar, ampliar e conceder espaços para mais artistas e reflexões: uma manifestação artística independente e paralela à Bienal do Mercosul.
“Na arte existem muitos estilos e categorias. A arte de uma Bienal do Mercosul, por exemplo, tem uma tendência de mostrar trabalhos com propostas mais complexas, cuja apreciação e reflexões envolvem uma dinâmica mais degustativa, requerendo muitas vezes uma disponibilidade de tempo e experiência que a maioria do público não está acostumada”. É partindo deste ponto que a articuladora geral, e uma das criadoras da Bienal B, Gaby Benedyct, de 37 anos, argumenta a importância da exposição: um acréscimo de cultura aos olhos dos transeuntes.
O stencil e o grafitti são os principais representantes desta arte. O Stencil Art surge na década de 30, dentro das correntes modernistas da Ècole de Paris. Hoje, com seus sprays e moldes, preenche as ruas das grandes cidades, representando o prazer jovial em se fazer entender – uma brincadeira quase infantil dentro da aridez urbana. Para o grafitti é necessário, além do spray, firmeza no pulso. Os desenhos saem da fugacidade das idéias para se consolidarem no concreto.
Dentro da Bienal B, os muros são representados nas paredes de lugares como o Beco Cultural e o Mundo Arte Global. Nas palavras da articuladora geral: “Os trabalhos elaborados convivem harmonicamente com iniciantes. Não há editais ou críticas tendenciosas, a curadoria é o próprio olhar do observador e seu grau pessoal de interesse, conhecimento de arte e sensibilidade. De certa forma, estes conceitos de diversidade e disponibilidade para o espectador foram usados na construção dos parâmetros da Bienal B, pois são significativos pra gerar pontes entre a arte e o interesse sensível do público”.
Por ser uma expressão escancarada e, em grande parte, com uma conotação crítica, é considerada por muitos como vandalismo, associado ao picho. Para Leonardo Menna Barreto Gomes, professor de Estética e História da Arte na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), stencil e grafitti são formas de expressão artística de cunho popular, tão válidas como aquelas manifestadas no artesanato de rua, nas cerâmicas nordestinas ou literatura de cordel, por exemplo. O mestre em comunicação social complementa: “Os suportes que utilizam, como muros e paredes, fazem a diferença. O vandalismo aparece apenas no chamado picho, que atinge também monumentos. Como expressão de arte popular, o stencil e o grafitti, nascidos nas ruas, para apreciação urbana, em meu ponto de vista, perderiam sua autenticidade num evento de cunho ordenado e didático, como a Bienal do Mercosul. As imagens poderiam ser expostas, isoladas, ou em instalações, como obras, mas perderiam seu caráter espontânea, tipicamente de rua”.
O espaço artístico gaúcho se estende. A capital ganha notoriedade quando a questão é cultura: em ruas que abrigam livros clássicos e artes reconhecidas, há também lugar para as diversidades e novidades plásticas. A expressão das ruas exclui a visão da cidade como uma “caixa de Pandora” de aparente inocência e beleza, escondendo a fonte de calamidades que é. Mostrar o oposto, o desgaste, a sujeira e o desprestígio urbano é o objetivo dessa arte que além de em muros, deixa suas marcas nos cercos internos, como as paredes da Bienal B.


Uma nova forma de questionar
Por Deborah Cattani

O tema da 6ª Bienal do Mercosul deste ano resume a idéia central das obras expostas nesta, arte sem antagonismos. Nas obras encontradas pelo Cais do Porto ou pelos museus, Santander Cultural e Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), as cores e as novas formas tem uma função muito maior do que apenas espalhar arte, o objetivo destas é causar a reflexão.
Baseado na história “A Terceira Margem do Rio”, de Guimarães Rosa, onde o personagem central abandona as margens de um rio para viver em um barco estacionado sobre este, o tema da bienal é bastante sugestivo e representa um terceiro olhar que serve de intermediário entre as duas oposições que se conhece. Questionar o que é arte se tornou a terceira margem do rio.
Mas esta é uma pergunta realmente indiscutível, “O que entendo por arte é muito chato de responder. Na verdade não sei ainda. Muito complexo. [...] Esta reflexão, acho eu, os Dadaísta, (grupo alemão) procuraram causar logo depois da segunda guerra quando ninguém mais se interessava por arte.”, diz a artista plástica Lenice Weis em entrevista.
A busca por um novo olhar e uma nova opinião sobre o assunto é a principal característica da estética criativa criada nesta bienal.
O próprio símbolo da bienal está relacionado com essa reflexão retórica, criado na bienal anterior sobre o tema “A Arte Não Responde, Ela Pergunta”, é formado por dois pontos de interrogação, um para cima e outro para baixo, representando o Brasil e os paises de língua espanhola presentes no MERCOSUL, uma vez que em espanhol se utiliza a interrogação invertida.
Quem decide agora o que é belo ou feio são os próprios espectadores que ficam pasmos diante de obras como Noturno, de Jorge Macchi, onde pregos substituem notas em uma partitura suspensa numa parede do Santander Cultural, parte da Exposição Monográfica.
As exposições estão dividias em quatro partes nomeadas: Monográfica, Conversas, Três Fronteiras e Zona Franca. Cada uma das quatro tem uma temática diferente, mas todas estão interligadas de alguma maneira.
A Monográfica refere-se especificamente as obras de três artistas: Francisco Matto, Jorge Macchi e Öyvind Fahlström; “Conversas oferece um lugar privilegiado ao próprio artista, reconhecendo que cada artista habita um complexo mundo de referências e influências que transcendem fronteiras nacionais [...].”, segundo o site da 6ª Bienal do MERCOSUL, www.bienalmercosul.art.br; Três Fronteiras marca um encontro de Brasil, Argentina e Paraguai no mundo estético contendo artista como A-1 53167, Daniel Bozhkov, Jaime Gili e Minerva Cuevas; e Zona Franca se baseia no cenário internacional, onde os artista visam responder a seguinte pergunta: “o que aconteceria se a equipe de curadores pudesse escolher, sem condicionamentos, projetos internacionais considerados de maior relevância no cenário global?”.
Entre tantos cenários que misturam diferentes culturas, tanto de nível nacional como internacional, a bienal que penetra no cotidiano dos habitantes e turistas da cidade de Porto Alegre traz divergências para causar polêmica. Sem culpa, essa é a maior proposta dos criadores do evento, que este ano está voltado para a construção cultural dos indivíduos.
Segundo Arlindo Silva Correa, 42 anos, médico, a bienal “está cada vez mais tecnológica e tendendo a ampliar as formas de fazer arte”. Para ele, todos os formatos são válidos e dignos de exposição, “a arte é uma forma de expressão do indivíduo, onde somente o artista pode mostrar o que está sentindo”, diz o médico que visitou mais de uma vez os armazéns do Cais do Porto.
A bienal tem se mostrado mais interessada no público e em como atingi-lo. As formas são diversas, as obras tornaram-se interativas e a preocupação com a natureza deu espaço para o uso de materiais reciclados. Além disso, a bienal inspirou-se em movimentos modernistas, ressuscitando o construtivismo russo e as formas geométricas cubistas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Mar Negro sofre desastre ecológico

Uma violenta tempestade partiu ao meio o petroleiro russo, Volga-Neft. O petroleiro que dirigia-se da cidade de Azvov para o porto de Kerch, acabou por se partir ao meio junto ao porto de Kavkaz, no estreito que liga o Mar de Azvov ao Mar Negro. Com o impacto e as fortes ondas, o navio afundou liberando cerca de duas mil toneladas de combustivel. As autoridades russas estão mobilizadas, pois segundo a Agência Ambiental do país, serão precisos anos até dissipar o óleo-combustível. As condições climáticas não favoreceram o resgate dos 13 tripulantes sobreviventes que encontram-se na poupa do navio. A tragédia matou dois homens e deixou um desaparecido, cobrindo vários animais locais de substâncias tóxicas.

sábado, 10 de novembro de 2007

Morre aos 84 anos o escritor norte-amerciano Norman Mailer

Natural de Nova Jersey, Mailer estava internado no Hospital Monte Sinai, em Nova York. Sofrendo de complicações pulmonares, já havia sido submetido à uma cirurgia, mas não resistiu às complicações renais que se sucederam e faleceu nesta tarde.
Nascido em 1923, o escritor venceu duas vezes o prestigiado prêmio Pulitzer, assinou dezenas de livros, poemas, peças de teatro e ensaios. Ficou conhecido por seu temperamento forte e seu machismo. Ele se casou seis vezes e teve nove filhos.
Uma de suas obras mais conhecidas é A Luta, onde descreve o histórico enfrentamento entre Muhammad Ali e George Foreman, em 1974. Mailer também publicou outros livros de sucesso, como Os Nus e os Mortos, um relato-ficção de suas experiências no Exército durante a Segunda Guerra Mundial.Sua última obra, The castle in the forest , aindanão possui uma edição brasileira, foi publicada este ano nos Estados Unidos.


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

59 anos de PUCRS

Hoje, dia 09 de novembro, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul comemora 59 anos de existência. Para celebrar o aniversário, ocorrerá um evento de homenagem aos 40 colaboradores da PUCRS no teatro do Prédio 40 do Campus Central (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) às 18h30min, nesta sexta-feira. Neste, será entregue uma medalha contendo a efígie do fundador da PUCRS. A Medalha Irmão Afonso, que foi criada em 1981, se destina a professores, alunos, funcionários e pessoas que prestam serviços à Instituição.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Híbrido de Leão e Tigre é atração de zoológico alemão

O zoológico Arca de Noé, localizado na vila de Groemitz, na costa alemã do mar Báltico, mostrou nesta terça-feira o híbrido, carinhosamente nomeado Bahier pelos funcionários do estabelecimento, que consiste numa cruza de um leão com uma fêmea de tigre. O nome "liger", como é chamado este tipo de animal, vem da mistura de lion e tiger (leão e tigre, em inglês). Segundo o zôo, Bahier vive no local desde que nasceu, no ano de 1990.

Fonte: Reuters

Mais um gol da Rede Record

A Record inaugura hoje, em Portugal, sua nova emissora de rádio chamada Record FM (107,7 MHz), que pretende alcançar a Grande Lisboa. Visando uma programação voltada especialmente à comunidade de imigrantes brasileiros no país, a programação da emissora é composta por música, informação e esportes, e deve incluir a transmissão de jogos de futebol do campeonato local, medida que visa atrair também os ouvintes portugueses.
Segundo informações do Meios & Publicidade, a nova estação ocupa a freqüência onde antes era transmitida a Nossa FM, rádio religiosa pertencente à Igreja Universal do Reino de Deus. A Record inclusive já esta construindo um site da nova estação que será inaugurado brevemente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

6º Festival de Vídeo Estudantil e Mostra de Cinema começa hoje

Hoje iniciam as mostras de filmes no auditório da Ulbra patrocinado pela Rede Guaíba. O filme que abrirá o evento será "O Negrinho do Pastoreio", de Antônio Textor. O evento objetiva a participação de alunos em projetos para uma ampla experiência focada no mercado de trabalho, assim como as oficinas estimulam a criatividade dos participantes. A mostra vai até dia 10 de Novembro com uma ótima programação. As inscrições podem ser feitas pelo site do Festival.

Jornalismo e Literatura invadem a Feira

Nesta 53ª Feira do Livro de Porto Alegre, ocorreu um seminário de Jornalismo e Literatura que foi tema de debáte entre a PUCRS e o Grupo Record no memorial do Rio Grande do Sul. Os participantes foram: o jornalista Marcos Sá Correa da revista Piauí, a diretora e a chefe de reportagem da Rádio Guaíba, Liliana Sulzbach e Sinara Félix. O evento deve prosseguir até o fim de semana e enfoca as atividades jornalísticas na literatura bem como o jornalismo literário.


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Em 2014 vai dar Brasil

Hoje, em Zurique (Suiça), saiu ao vivo na mídia a confirmação do Brasil como sede da copa mundial de futebol de 2014. Emocionado, o presidente, Luiz Inácio "Lula" da Silva, discursou sobre o assunto e demonstrou interesse na organização do evento. Agora há bastante trabalho a ser feito, das 18 cidades candidatas, somente 12 serão sede do evento. Caso o país não consiga se organizar como deve, ou a Fifa não considere bom o trabalho feito aqui, as sedes substitutas são os EUA e a Inglaterra. Uma das preocupações do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, é a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar lavagem de dinheiro no futebol, especialmente no caso Corinthians/MSI. Ele acredita que a intenção da CPI é atingir a Copa de 2014, mas diz que o objetivo não será alcançado.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Umas dicas de Inglês

Here we go!
O inglês invade nossas vidas a todo momentos, no trabalho, na mídia e até mesmo nas férias. Para o jornalista, saber mais de uma língua é fundamental, e o inglês é uma das mais importantes. Pesquisando por bibliotecas e pela Internet, descobri algumas palavras e conceitos de jornalismo em inglês, aí vai:
Scoop: furo jornalístico. Sua orgiem vem da palavra Spoon, colher grande de servir sorvete em inglês, pois scoop significa literalmente cavar.
Tabloids: Jornais que tendem a ser sensacionalistas, são menores que os jornais comuns.
Paparazzi: fotógrafos que tiram fotos sem autorização de celebridades. (Essa palavra tem origem de um filme chamado La Dolce Vita).
Schandal Sheet: outro tipo de jornal sensacionalista.
Headline: Manchete.
Broadsheets: formato da folha de jornal.


Projeto 6emeia

O 6emeia foi criado por dois grafiteiros paulistas: Leonardo Delafuente (D lafuen T), morador do Bom Retiro e Anderson Augusto (SÃO), morador da Barra Funda. O projeto surgiu da vontade dos grafiteiros de melhorar a parte visual do bairro, e com desenhos criativos colocaram o este em prática. O resultado foi, além da melhoria visual dos bairros decorados, a interação com os pedestres, pois os desenhos possuem um valor maior do que embelezar, passam também alguma mensagem.

Novas Tecnologias

Hoje, em Tóquio foi exibido o novo Walkman da Sony que será lançado nas lojas a partir do dia 17 de Novembro. O nome do modelo é NW-A919, e possui memória flash de 16GB e tela LCD 2,4 polegadas. Sua tecnologia avançada permite a exibição de fotos, filmes, músicas e até mesmo programas de televisão locais. O preço ainda não foi divulgado.
Além dessa novidade da Sony, surgiu essa semana o uRock, mini guitarra com amplificador que funciona como MP3 player. O objetivo desta invenção é chamar a atenção dos colecionadores, já que o aparelho é uma réplica perfeita e vem até com uma palheta original. Contendo 1GB de espaço, o aparelho toca músicas nos formatos WAV e MP3. Para quem se interessar, o uRock estará disponível para compras a partir de amanhã, 31 de Novembro, e custa 49,99 libras (em torno de R$185,00) no site da Gadget Box.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

8º Habitasul Revelação Literária na Feira

As inscrições para o concurso literário desenvolvido através do site da Habitasul começaram hoje, dia 26 de Outubro, e vão até dia 20 de Dezembro deste ano. São várias as categorias, desde infantis até mesmo às profissionais. Os trabalhos são avalidos por um corpo de jurados (escritores reconhecidos no meio), e os cinco melhores de cada categoria recebem um prêmio em dinheiro e um certificado. Todos os trabalhos selecionados também participarão da montagem de um livro que será lançado e distribuído no evento de premiação.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Marcos Martinelli e o Record News

Em entrevista mediada pelo professor e jornalista Juremir Machado da Silva, Marcos Martinelli – diretor de jornalismo da Rede Record, conta um pouco da sua vida profissional e de seu mais novo sucesso, o Record News.

Marcos Martinelli, jornalista por “sobrevivência”, começou a trabalhar na área da comunicação aos 12 anos em uma rádio de Passo Fundo. Começou a fazer Direito aos 16 anos de idade.

Aos 17, veio morar em Porto Alegre e entrou para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) nos cursos de Comunicação Social – Jornalismo e Ciências Jurídicas. Formou-se em Direito, mas nunca chegou a exercer a profissão. E agora, com 25 anos de formado, faz parte da equipe Record como diretor de jornalismo.

Martinelli abandonou seus sonhos de ser um Diplomata pelo Instituto Rio Branco e ajudou na criação da TV Piratini, logo após sua entrada na TV educativa (TVE) aos 19 anos. Chefe de um jornal, em 1980, trabalhou com grandes nomes do jornalismo. Ele afirma que a diferença entre os grandes e os pequenos veículos midiáticos é que quanto maior a empresa, maior o nível de conflitos e intrigas pelo sucesso.

Em 1986, líder sindical e chefe da única greve dentro da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS), Martinelli foi demitido do veículo “injustamente”, como ele mesmo definiu. Ainda magoado com o episódio, ele diz que vê a empresa como “outra qualquer” e que espera que esta continue existindo por gerar muitos empregos. Mas, sem perder o embalo, ele demonstra interesse em ultrapassá-la e supera-la e conta que o novo canal, Record News, faz parte da sua estratégia.

O canal, que enfoca o jornalismo regional, mal entrou no ar e já causou polêmica com a Rede Globo de Comunicações. A Globo citou a constituição e disse que cada emissora só tem direito a um canal no ar na TV aberta, e Martinelli explicou que essa afirmação é equivocada e que a Record é conhecedora das leis de transmissão. Segundo ele, cada emissora tem direito a quatro canais na TV aberta, e como a Record já possuía esses quatro, eles utilizaram a Rede Mulher para construir o Record News.

Martinelli diz que a Globo causou intriga, por perderem o “primeiro round” para a Record, e que o passo certo seria que eles criassem um canal de notícias na TV aberta, o que não está nos planos da Globo, já que o Globo News, canal de notícias da empresa na TV por assinatura, é o que leva as pessoas a assinarem TV fechada aumentando seus lucros.

Incomodado com as acusações da concorrência ele insinua que a Globo é praticamente dona dos telespectadores do Brasil e por isso tem um poder de persuasão muito forte diante da mídia. Mesmo assim, a expectativa de Martinelli é que a audiência cresça e a Record se popularize.

“A gente não faz mais por falta de estrutura e de competência”, diz Martinelli animado com o crescimento da Record no momento. Ele conta que, quando entrou na emissora, só existiam três computadores e algumas máquinas de escrever. As notas eram feitas a mão ou na máquina, e as secretárias sequer sabiam utilizar os computadores. Um dos criadores do projeto que tornaria a Record uma grande emissora, participou inclusive de suas reformas. Relembrou os primeiros exemplares do Jornal Correio do Povo e da contratação do professor e jornalista Juremir Machado da Silva.

O entrevistado afirma que com a entrada da TV digital, serão quatro canais da Record na TV aberta, enfocando jornalismo, esportes e telenovelas. Segundo ele, não haverá canais ou projetos voltados para educação cultural, por que “não há um projeto nem de educação neste país, e nem de cultura” e investir nisso seria perda de tempo e não haveria retorno dos lucros.

Quanto à compra da Rede Record pela Igreja Universal, o entrevistado diz que não afetou o canal de mídia, e ressalta isso dizendo que tanto na televisão, no jornal e no rádio não ocorreram mudanças para inclusão da religião no ar. Diz também que a Record já exibia uma programação religiosa, mas que esta não interfere e nunca interferiu de forma nenhuma no jornalismo ou na forma de faze-lo da emissora.

Martinelli confessa com bom humor que o motivo que o mantém na Record é a liberdade a ele concedida por Edir Macedo, dono da empresa. E que se não tivesse essa independência, ele não trabalharia no cargo.

Para Martinelli, o jornalista de hoje deve estar continuamente informado e saber utilizar-se dos meios tecnológicos atuais. Ele diz que “falta formação” e que a faculdade ensina, mas não forma o jornalista, portanto quem deve buscar a formação ideal é o próprio estudante.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O negócio do jornalismo

O norte-americano, Bill Kovach, defendeu ontem, no último dia das Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho, que a inclusão de empresas informativas dentro dos grupos econômicos é uma ameaça para a sobrevivência da imprensa independente. Kovach, autor da obra "Os Elementos do Jornalismo", citou os Estados Unidos como exemplo. Segundo ele, no país, grande parte da indústria da mídia pertence a multinacionais. "A ABC News representa menos de 2% dos lucros da Disney", contou. O investigador da área disse que o " jornalismo sempre foi um negócio, mas, até poucos anos atrás, havia a ilusão de que o jornalista tinha uma obrigação social que poderia ir além dos interesses imediatos dos patrões". Kovach lembrou que "a ideia de que os jornalistas não devem encontrar obstáculos na hora de investigar, mesmo à custa de outros interesses financeiros do dono do jornal, é o que faz a sociedade acreditar numa empresa jornalística". Anabela Gradim, da Universidade da Beira Interior, apresentou "o jornalista do futuro como uma espécie de MacGyver, homem dos mil e um recursos, que trabalha sozinho, equipado com uma câmara de vídeo digital, telefone satélite, computador portátil", tentando atingir vários meios simultâneamente.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico

Nos dias 22 e 23 de novembro de 2007, ocorrerá o IX Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em São Paulo. O tema central é: "Jornalismo Científico e Sociedade: os novos desafios". O evento é organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC), que completa este ano 30 anos de existência. A programação do Congresso inclui mesas-redondas, sessões de trabalhos orais e apresentação de pôsters, além de lançamentos de livros relacionados com o tema. O objetivo é resgatar a trajetória do Jornalismo Científico e da divulgação científica de maneira geral, delineando os seus desafios presentes e futuros.
Site para maiores informações: http://www.abjc.org.br
Deborah

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Parabéns professores!

"A teacher affects eternity; he can never tell where his influence stops." - Henry Brooks Adams
"A good teacher is like a candle - it consumes itself to light the way for others." - Author Unknown
"Teaching is leaving a vestige of one self in the development of another. And surely the student is a bank where you can deposit your most precious treasures." - Eugene P. Bertin
"The teacher who is indeed wise does not bid you to enter the house of his wisdom but rather leads you to the threshold of your mind." - Kahlil Gibran
"A teacher is one who makes himself progressively unnecessary." - Thomas Carruthers
"A good teacher is a master of simplification and an enemy of simplism." - Louis A. Berman


Tropa de Elite

O filme brasileiro mais comentado do ano, no Brasil e no exterior, Tropa de Elite, estreou dia 12 de outubro nos cinemas do Rio Grande do Sul. Contundente, o filme retrata o Batalhão de Operações Especiais do Exército (BOPE) e o Batalhão da Polícia Militar (BPM) sem deixar dúvidas de que a violência nas favelas não é só responsabilidade da falta de coerência e ética da polícia, mas também é culpa dos usuários de droga e, com certeza, dos comandos de traficantes que não tem consciência social. Mais do que isso, o filme entra dentro do BOPE, abordando esse batalhão corajoso que tem como função resolver o que a polícia não consegue, apreender armas, matar os responsáveis e não deixar reféns. Através do Capitão Nascimento (Wagner Moura, personagem principal), se pode compreender como é difícil ser um "Caveira" - termo usado para chamar os militares do BOPE - e o quanto precisa batalhar para chegar lá. Outro tema criticado pelo filme é a falta de remuneração de policiais, motivo que leva estes a serem cúmplices da violência urbana. O filme, de José Padilha que está em cartaz em todos os cinemas, além de bom, assusta com a realidade que nos assombra faz um bom tempo e não queremos ver.



sexta-feira, 12 de outubro de 2007

As homenagens do Google

Em festas, feriados, aniversários ou qualquer outro evento especial, o Google, site de buscas na Internet, decora o seu logotipo de acordo com a situação. De forma simples, sem modificar muito a sua imagem, para que não se perca sua identificação visual. É uma boa jogada de marketing, pois atrai a atenção do internauta fazendo uso de bom humor.


Cinegrafista

No acidente que ocorreu dia 10, uma das vítimas foi Evandro Luiz Troian, 33 anos, cinegrafista da RBS TV Chapecó, que foi atingido e morreu na hora. Troian era paranaense, casado e pai de um filho. O corpo foi enterrado por volta das 18h30 no Cemitério Municipal de Terra Roxa, no Oeste do Paraná.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

On Air

Hoje realizamos o nosso primeiro programa de rádio. Na correria, tivemos uma semana para nos prepararmos e, sem saber quase nada de técnica radiofônica, entramos no ar às 9:30h. Foi um sufoco! Mesmo com uma pauta excelente e muito preparo, entramos adiantados por causa da desorganização de outro grupo, e com 11 pessoas começamos o "Polenta Cult", nome dado para o nosso programa pelo coléga Cairo, cujo enfoque foi a agenda cultural do Brasil. Começamos muito bem, seguindo as atividades planejadas da nossa pauta. Nosso único erro foi uma falha técnica perdoável, por causa de uma entrevista por telefone que não deu certo. Consertado, seguimos em frente gaguejando, rindo, nos divertindo e aprendendo muito. Foi uma experiência muito boa, pois depois de ouvir captamos todas as coisas que não fizemos direito e tivemos a oportunidade de discutir e aprender para não fazer de novo. Da próxima vez, o programa será de nível profissional.


Link para ouvir o programa: Polenta Cult é só clicar em Programas de Rádio e ouvir o GRUPO 3.


Origem da foca

Pesquisando por curiosidade em um site chamado Alfarrábio, encontrei a origem e o significado do termo foca no jornalismo. Aí vai a crônica do Valdir Sanches que explicará melhor do que eu.


Pingão da Marta, boneco do Covas

por Valdir Sanches


"Desce o pingão." Não é conversa de bar, é de redação. Na redação dos jornais, sugeria-se um "pergunta e resposta", quando a idéia era publicar uma entrevista dessa forma. Depois, passou a ser um "pingue-pongue". Com o tempo, os jornalistas, por pressa ou preguiça, aboliram o pongue. "Vamos fazer um pingue com o secretário."Ora, uma entrevista longa, que resulta num texto grande, passou a ser um pingão. "Desce o pingão com a Marta." Esse "desce" se explica: antes da informatização, as matérias, batidas à máquina, em laudas de papel, desciam para a oficina. Hoje, vão pelo cabo do computador.
Em termos de jargão do jornalismo há exemplos clássicos. Foto do entrevistado é "boneco". "Vou dar um boneco do Covas aqui no alto", diz o editor, apontando para a página. A continuação de uma matéria, na edição do dia seguinte, é "suíte". O chefe da reportagem: "Vamos suitar a invasão dos sem-teto". "Matéria" mesmo, em lugar de "reportagem", é um jargão. Em certas redações, antigamente, você flagrava um editor pedindo a um repórter: "Cerca essa vaca para mim." Geralmente era para apurar melhor uma notícia surgida "em cima do fechamento". Ou seja, perto do horário de fechamento da edição - hoje, em alguns casos, pernosticamente chamado "dead line". Mas, voltando à vaca. O que acontecia é que ela estava indo para o brejo...Outro bicho, este marcante no jargão do jornalismo, é a foca. Na verdade, "o" foca. Jornalista novo, inexperiente. Um foca. Consta que o apelido vem dos remotos tempos do flash a magnésio. Os fotógrafos dos jornais preparavam suas máquinas: focavam e deixavam o obturador (uma pequena "janela") aberto. Quando todos estavam prontos, alguém riscava um fósforo numa placa de magnésio e ela "explodia" num clarão. Essa luz passava pelo obturador aberto e impressionava a chapa, o avô do filme. Ocorre que alguns fotógrafos, inexperientes, demoravam para preparar a máquina - e atrasavam os outros. "Péra aí, estou focando." E os outros: "Foca logo, caramba". E mais tarde... "Ih, lá vem o foca". Esta é a história que eu conheço. Vendo o peixe como comprei.

Newspaper de todos para todos

Fuçando no Google, encontrei um site onde é possível acessar vários jornais de diferentes lugares do mundo. Mesmo que não se saiba o idioma, é interessante dar uma olhadinha, pois a diagramação varia de um país para o outro. O site é gratuito e possui os jornais listados por continente. Para quem gostou da idéia, o site é http://www.onlinenewspapers.com/.

Jornalismo Ambiental

Ontem, hoje e amanhã, mais de 400 jornalistas ligados ao meio ambiente se reúnem no Salão de Atos da Ufgrs para debater o quadro da depredação ambiental. Entre os mais importantes, está o jornalista e coordenador de eventos do Núcleo de Ecojornalistas do RS, Juarez Tosi. O evento, realizado pela EcoAgência de Notícias conta com participantes do Brasil e da América Latina e o primeiro a palestrar foi o britânico Adrian Cowell, diretor da série de reportagens "A Década da Destruição". Augusto César Cunha Carneiro, 85 anos, um dos fundadores da Feira do Livro e da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), foi homenageado. A abertura realizada ontem teve a presença de José Fogaça, prefeito de Porto Alegre, que comentou sobre as 10 mil árvores replantadas por ano na cidade. Amanhã deve ocorrer o encerramento do congresso que incluirá mostra de trabalhos científicos, vídeos e reportagens sobre a importância da mídia no quisito ambiental. O site do evento é http://www.cbja2007.com.br.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Rio Grande do Sul amanhece de LUTO

Hoje cedo quando peguei o jornal me deparei com aquela foto chocante do acidente ocorrido ontem em Santa Catarina. Como se não bastasse, algumas páginas adiantes, encontro o anúncio da morte de Lupi Costa Martins, 63 anos, jornalista. Vítima de um câncer linfático que combatia há 14 anos, foi sepultado hoje no Cemitério Guaíba, em General Câmara.
Formado em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), natural de Rio Pardo, Martins nunca exerceu a profissão de advogado. Tornou-se jornalista por influência do irmão, Lasier Martins.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Bienal

Este domingo fui visitar a 6ª Bienal. Comecei pela Praça da Alfândega, no Santander Cultural. Logo na entrada um choque, o saguão - que em outras bienais encontra-se sempre cheio de obras de arte, estava vazio. No centro, um vídeo e mais adiante, nos corredores, as obras. Obras que me surpreenderam de modo geral, não só pela simplicidade, mas também por resgatar um movimento esquecido, o construtivismo. Através de colagens, construções de madeira, jornais recortados, vidros quebrados e metais, vemos o renascimento do movimento russo criado em 1917. Até mesmo as cores se assemelham, contrastes de preto, vermelho e azul, obras que expressão sentimentos de revolta, outras que buscam serem úteis - como mesas e cadeiras. Saíndo do Santander, segui para o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), o cenário muda um pouco, mas o objetivo é o mesmo. E dalí parti para o cais do porto, parte concentrada da Bienal. Mais vídeos, labirintos e obras construtivistas. Além do cosntrutivismo, também se pode ver traços dos movimentos modernistas: Pop Art, Cubismo, Surrealismo, entre outros.
De todas as peças, uma das que mais me chamaram a atenção, foi uma partitura feita com fios de cabelo.

Rádio

Definição e histórico:
A radiocomunicação é um meio de comunicação transmitida por Radiação Eletromagnética que se propaga através do espaço. Acredita-se que a transmissão de som por ondas de rádio foi criada por Marconi, no final do século XIX, porém há contradições que dizem que foi Nikola Tesla o criador desta. Roberto Landell de Moura, em 1893, praticava experiências, semelhantes aos de Tesla e Marconi, em São Paulo. A primeira transmissão radiofônica que se tem notícia, foi realizada em 1906, nos Estados Unidos, por Lee de Forest.
O rádio funciona, basicamente, a partir de 2 peças: o transmissor, aparelho que converte os sinas sonoros, analógicos ou digitais em ondas eletromagnéticas e o receptor, decodifica as ondas recebidas pelo transmissor, e transforma-as novamente em sinais sonoros, analógicos ou digitais.
Radiojornalismo: Conceitos
Âncora - Apresentador de um radiojornal. O termo "âncora" foi aplicado pela primeira vez em 1952, referindo-se ao trabalho de Walter Cronkite na televisão durante a convenção pré-eleitoral do Partido Democrata nos EUA.
Editor de Rádio - Seleciona as matérias, revisa e faz a montagem destas, redige notas e define o tempo de cada matéria no ar.
Locutor - É aquele que lê ou narra uma matéria ou fato ao vivo.
Repórter - É a pessoa que vai atrás da notícia.
Manual de Redação Radiofônica: por João Brito de Almeida e Carlos Alberto Carvalho.

O rádio exige do público para o qual ele se destina somente um sentido: a audição. Por este motivo o redator, ao escrever para o rádio, deve se preocupar em facilitar o entendimento do ouvinte e, ao mesmo tempo, permitir que o locutor leia o texto com segurança. Objetividade e clareza.

1. Frases curtas. Frases de uma ou duas linhas e na ordem direta (sujeito-verbo-complemento).

2. Linguagem e palavras simples. Utilizar a linguagem que se aproxime da conversação, sem que se esqueça da correção gramatical. Entenda-se por palavras simples as de uso comum.

3. Tempo presente. A notícia deve iniciar, sempre que possível, no tempo presente, para que a frase tenha mais força e caráter recente. Ex. Governo do Estado concede aumento de 15 porcento ao funcionalismo./

4. Corte os adjetivos desnecessários. A informação deve ser imparcial. Adjetivos, geralmente, tornam a notícia tendenciosa e acabam por dar-lhe caráter opinativo.

5. Evite Cacofonias e rimas. (Após a redação leia o texto escrito em voz alta).
a. palavras de sons desagradáveis e cacófonos. Ex. boca dela; ela tinha; como elas; da nação ; por cada...
b. palavras de sons sibilantes. Ex. preciso somar; os sons na praça soaram sem aviso...
c. palavras terminadas em ÃO e MENTE.

6. Caixa alta. O redator deve escrever em caixa alta :
a. Nomes de pessoas. Ex.: JOÃO SILVA; PIOTR TCHAIKOWSKY.
b. Nomes de localidades. Ex.: WASHINGTON ; CANOAS.
c. Títulos de filmes, peças de teatro, livros, quadros.
d. Palavras em idioma estrangeiro. Ex.: nomes de músicas.
e. Siglas.
Cuidado : nomes de instituições não são escritas em Caixa Alta.

7. Sinais no texto de rádio.
a. Aspas não são usadas.
b. Parênteses não são usados. Entre parênteses coloca-se instruções para o locutor. Ex.: (P) - significa pausa na leitura; (T) - significa mudança de tom... Tais indicações são utilizadas em roteiros de programas radiofônicos.
c. Ponto e barra(./) sempre ao final de cada frase./ Duas barras no final da notícia.//
d. Expressões sublinhadas chamam a atenção do locutor.



8.Tamanho da notícia. O ideal para o rádio é redigir o menos com o máximo de informação. Mínimo duas e, no máximo, sete linhas.

9. Folhas/laudas. Cada notícia é redigida numa folha (meia-lauda padronizada). No caso de redação em folha de papel A4 ou ofício a mesma deverá ser cortada pela metade.

10. Espaçamento entre as linhas. Na datilografia, entre uma linha e outra espaço dois. No computador – Word - espaço entre linhas : 1,5 linha.

11.Toques por linha. Cada linha deve ter 60 a 64 toques, em média, equivalentes a quatro segundos de leitura. Um locutor lê, em média, de 12 a 15 linhas por minuto. No computador – Word – usa-se a fonte Courier New, com tamanho 12.

12. Não se separa sílabas ao final de cada linha. Alinhamento de margem deve ser respeitado somente à esquerda. Portanto, ao digitar no computador, não há necessidade de justificar. Alinhamento sempre à esquerda.

13. Parágrafo não existe no texto de rádio.

15. Identificação da notícia.
Colocar ao final, abaixo, na lauda os quatro dados : nome do redator; fonte da notícia; data em que foi redigida; e horário em que foi redigida.

16. Fonte.
Exemplos : agências noticiosas, jornais, telex, releases, repórteres, unidades móveis, telefones, enviados, informantes, revistas, fax, internet, e-mail, etc...

17. Procedência.
Procedência é a indicação da cidade em que ocorreu o fato. Caso a cidade seja desconhecida deve-se informar o estado ou país. Não deve-se confundir procedência com fonte.

18. Iniciar a notícia pelo principal, pelo novo.
Pergunte o que é novo? Depois cite os outros dados, em ordem decrescente de importância. Evite começar o texto com as palavras ONTEM e CONTINUA, pois tiram o impacto de novidade da notícia.

19. Siglas.
Escreva-as por extenso, com exceção das entidades e órgãos muito conhecidos.

20. Políticos e partidos.
O nome do político deve ser sempre acompanhado do partido a que pertence. No caso de senadores e deputados federais deve-se escrever, além do partido, o respectivo estado da união que representam.



21. Personalidades.
Colocar na primeira citação o cargo e o nome. Em frases seguintes, da mesma notícia, pode-se apontar o cargo ou somente o nome.

22. Abreviaturas e sinais não existem no texto de rádio.
No texto de rádio não se abrevia palavras e muito menos utiliza-se sinais. Tudo deve ser escrito por extenso.

23. Números e algarismos no texto para o Rádio.
a. Números de zero a onze : escreve-se por extenso.
b. Números de 12 a 999 : escreve-se com algarismos.
c. Números de mil ao infinito : forma mista, de acordo com a regra.
Ex.: 2.876.473.005
Dois bilhões, 876 milhões, 473 mil e cinco.

Exceção :
a. Quando a centena for feminino escreve-se por extenso.
Ex.: duzentas pessoas ; trezentas toneladas;
b. Quando as dezenas terminadas em uma e duas forem
feminino escreve-se por extenso.
Ex.: vinte e uma pessoas; setenta e duas toneladas;
c. Quando for o caso de escrever gramas (masculino)
Ex.: quatrocentos gramas ; duzentos gramas;

Números ordinais e romanos :
Os ordinais e romanos devem ser escritos por extenso.
Ex.: Ele é o primeiro da turma; Décimo Quinto Set Universitário;
O Papa PAULO SEXTO ; Estamos no século 21;

Números fracionários.
Os números fracionários devem ser escritos por extenso. Cuidado com a concordância.
Ex.: Um terço das pessoas concorreu ao prêmio.
Dois terços das pessoas concorreram ao prêmio.

Sempre que possível evite frações. O jornalismo gráfico muitas vezes escreve = Foram percorridos 46,7 km... = para o rádio escreve-se ...Foram percorridos 46 quilômetros e 700 metros... outro exemplo = Chegou a ajuda de R$ 12,8 mil... = para o rádio escreve-se ...Chegou a ajuda de 12 mil e 800 reais....

Números decimais.
De acordo com a regra anterior e vírgula sempre por extenso.
Ex. : 5,68 = escreve-se cinco vírgula 68.
24, 8 = escreve-se 24 vírgula oito.
1,4 = escreve-se um vírgula quatro.

Se o locutor deve dizer a palavra vírgula, ela deve constar por extenso.




Símbolos de moedas.
Todos os símbolos representativos de moedas devem ser expressos por extenso e os números de acordo com a regra acima.
Ex.: R$ 1.045.867, 02
Um milhão, 45 mil, 867 reais e dois centavos.

Porcentagem ou Percentagem.
Escrita por extenso. Exemplos:
71,8 % = escreve-se 71 vírgula oito porcento;
12,34 % = escreve-se 12 vírgula 34 porcento;
11,12 % = escreve-se onze vírgula 12 porcento;

Endereços Internet, telefones e placas de automóveis
De acordo com a regra. (não existem abreviaturas e sinais no texto radiof.)
FAMECOS, E-C, ARROBA, MUSIC, PONTO, PUC, R-S, PONTO, B-R
Fone 221-84-12 (o locutor lerá centena – dezena - dezena)
Placa I-F-S 46-47 (o locutor lerá letra – letra – letra – dezena - dezena)

24. Releitura. Confira o texto fazendo duas leituras antes de entregar a notícia para o locutor. Na primeira, confirme as informações e números e, depois, se não existem erros de grafia/acentuação e cacofonias.

OS 10 CUIDADOS QUE O REDATOR DEVE TER:

1. Começar a notícia sem parágrafo.
2. Iniciar a notícia sempre com o dado principal.
3. Colocar, ao final de cada frase, ponto e barra.
4. Ser objetivo evitando palavras de duplo sentido ou metáforas.
5. Nome de pessoas, localidades, escreve-se em caixa alta.
6. Parênteses não existem no texto radiofônico.
7. Sílabas não se separam ao final de cada linha.
8. Aspas não existem no texto radiofônico.
9. Deve-se evitar repetição de palavras; usa-se sinônimos.
10. Deve-se reler a notícia em voz alta depois de tê-la redigido.

REDAÇÃO NO COMPUTADOR:
a. Usar, preferenciamente, o WORD
b. Espaço entre as linhas : 1,5. (Ir ao FORMATAR e PARÁGRAFO).
c. Fonte padrão : Courier New – tamanho 12
d. Para impressão, procure colocar duas notícias em cada folha (tipo ofício, ou A4). Ao final, corte a folha ao meio, ficando cada notícia em uma meia-lauda exatamente do mesmo tamanho.

As normas de redação radiofônica são compatíveis com a datilografia (máquina de escrever), embora o uso do computador esteja, praticamente, consolidado nas emissoras de rádio.


Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Textos

A Cultura Digital
Texto de Rogério da Costa


O texto aborda a experiência dos jornalistas frente as novas tecnologias. Rogério da Costa enfatiza que saber interagir com os aparelhos modernos é um passo fundamental para crescer no mercado de trabalho e antigir as nossas metas. Ele comenta a importância das interfaces, pequenas "páginas" da Internet, cujo conteúdo tem como objetivo influenciar o internauta. O escritor também faz um pequeno flashback na história da Internet, falando sobre fatos importantes e os resultados inesperados. Também tira dúvidas sobre o assunto telespectador/internauta e termina falando sobre o excesso de informações encontradas na Internet.

A arte de fazer um jornal diário
Texto de Ricardo Noblat

Ricardo Noblat inicia o texto com um diálogo entre um leitor e um jornalista, logo após comenta sobre o futuro incerto dos jornais. Noblat acredita que estes deixarão de existir em breve, uma vez que os meios de comunicação tecnológicos - como a Internet - crescem cada vez mais. As soluções que ele sugere parecem, à principio, bastante simples, mas não são. Segundo ele é preciso formar uma nova conscientização dos novos meios de comunicação, é preciso também mudar a mentalidade dos jornalistas. Noblat, que também é jornalista, diz que estes tendem a pensar que são "Deuses" e que por isso são os donos da verdade, porém esse pensamento é falso e distorcido. O escritor critica e aborda vários assuntos sobre o jornal impresso, dando boas sugestões e inspirando os futuros jornalistas.

Esses textos foram dados em aula pelos professores da cadeira de Lab. Vale a pena ler os dois, além de informativos, são divertidos e abrem a mente das pessoas para novas idéias.



Editorias

Olá, sou eu, a Deborah, postando... Na última aula nós fizemos as reportagens do Jornal do Lab e eu decidi postar a minha :) Aí está, fiz parte da editoria política e escrevi, junto com a Ondina, uma reportagem sobre o caso dos 40 acusados do mensalão no mês passado. Enjoy it!


"Acusados do mensalão responderão a processos

Na terça-feira do dia 28 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o julgamento que definia a ação penal de cada um dos 40 acusados pelo esquema do “mensalão” e decidiu que estes irão responder a processos. Denunciados pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, foram acusados de pagar propina a parlamentares em troca de apoio político, peculato (desvio de verba pública para o benefício próprio), formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, entre outros delitos nos quais a pena pode chegar a 16 anos de prisão. Seguindo o voto do relator, Joaquim Barbosa, os ministros votaram contra os principais envolvidos no esquema: José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Genoino, deputado federal, Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido. A reação popular às denúncias de compra de votos de parlamentares deixaram os petistas temerosos quanto ao resultado das próximas eleições. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão foi criada em 2005 em função de denúncias do então deputado Roberto Jefferson (PTB). O caso está sendo apurado, mas não há previsão para as condenações, pois os réus são muitos e as penas variam de acordo com as acusações."


Deborah Cattani e Ondina Dumoncel