terça-feira, 21 de abril de 2009

O desrespeito rola solto

Que exemplo os 40 diplomatas da ONU deram ontem na conferência sobre racismo, em Genebra, durante o discurso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Se os brasileiros aprendessem com isso, talvez a política andasse melhor por aqui. Falando nisso, vocês viram a última propaganda do PPS? Falando que o Lula vai meter a mão nas poupanças como fez o senhor Collor? Isso só serve para gerar pânico e crise econômica.

Não entendeu? Vou resumir: o dinheiro que a gente coloca na poupança vai para o financiamento da casa própria, não fica lá paradinho na sua conta não. E não é de hoje para amanhã que um banco consegue entregar/devolver todas as poupanças de todas as pessoas, afinal a grana está em circulação.

Não que isso tenha algo a ver com o Irã, mas é uma ótima maneira de ver pessoas usarem o poder para causarem o pânico geral. Esse país asiático, pequenino e assolado durante anos pelas disputas políticas tem um arsenal suficiente para destruir a Europa e por isso os grandes dirigentes morriam de medo de enfrentá-lo. Mas se todos se calam, todos consentem, é assim que funciona.

Não estou dizendo também que devemos atear fogo nas ruas... Isso é errado. Protesto significa se opor a uma ideia de maneira educada e objetiva, ou seja, sabendo o que se está fazendo. E foi exatamente isso que fizeram os diplomatas ontem, saíram calados da reunião e se recusaram a ouvir as baboseiras de mais um homem com o poder da persuasão. Ah se o povo brasileiro conseguisse desligar a televisão e ouvisse sua própria consciência uma vez que outra...

Por Deborah Cattani

domingo, 19 de abril de 2009

Texto realizado em aula para a cadeira de Escrita Criativa...

Desde criança Alan gostava de escrever seu nome na sola dos sapatos. Essa lembrança nostálgica lhe vinha à cabeça quando se tornava muito difícil suportar a dor. Agora mais do que nunca, pensava no seu primeiro All Star, que acabou por render-lhe uma surra de sua mãe após ser encontrado autografado por ele mesmo. Alan era aquele tipo de perdedor que nunca chora.

Na ausência de luz, observava os pés de sua mãe, talvez ela tivesse sido a pessoa que mais o odiara no mundo todo, pensou. De qualquer maneira, nunca desistiu da árdua tarefa de impressioná-la. Hoje já não podia mais fazê-lo, mas fez questão de escolher o melhor caixão, no melhor cemitério paulista. Ele mesmo vestiu o corpo, como numa espécie de ritual de despedida.

Nas últimas palavras do padre, antes da terra invadir as entranhas dela, ajoelhou-se e beijou seus pés mais uma vez. Ao levantar-se, virou por só um momento, seu coração parou, não conseguiu pensar e achou que seria arrancado da terra como uma flor murcha é, por um jardineiro. Naquele instante, deixou de ser um perdedor.

19 de abril, por quê?

Antes era bandeirinha, cocar, chocalho pra todo lado nas escolas. Primeiras séries pintavam figuras de indiozinhos sapecas e todos usavam listrinhas nas bochechas gordinhas para simbolizar esta data pouco compreendida. Se perguntar para um criança de hoje o que há de importante no dia 19 de abril, ela vai te questionar se é a volta do coelhinho da Páscoa. As crianças de antes sabiam bem que essa data significava o dia do índio, mas também não sabiam mais do que isso. Quem decretou essa data comemorativa no país foi Getúlio Vargas, em 1943, três anos depois do I Congresso Indigenista Interamericano. Esse congresso visava melhorar a convivência entre "brancos" e índios. Receosos, os índios não compareceram nos primeiros dias, até que entenderam o propósito do mutirão. A primeira vez, então, que os índios apareceram neste congresso, foi em 19 de abril de 1940. Por isso essa data é comemorada na América como o dia do índio.


"Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau Brasil
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio

Mas agora eles só têm um dia
Um dia dezenove de abril
Mas agora eles só têm um dia
Um dia dezenove de abril"
Jorge Ben Jor - Curumim Chama Cunhatã Que Eu Vou Contar (Todo Dia Era Dia De Índio)


Por Deborah Cattani

sábado, 18 de abril de 2009

Como é que é?

Leia a notícia aqui!

Alguém anda acompanhando a situação da greve dos ferroviários no Rio de Janeiro? Essa história já passou dos limites. Vão esperar até quando para tomar uma providência real? Até morrer gente?
Olha, geralmente eu não gosto muito das matérias feitas pelo G1, mas essa última vale a pena ler, tem gráficos, vídeos... Tudo bem, o texto podia ser melhor construído, mas é o G1 não, é?!
Inteirem-se do caso, poderia ser em qualquer lugar, o ser humano é terrível.

Deborah Cattani

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Heróis da medicina, depois de 15 temporadas eles dizem adeus


Quando falamos de super-heróis, facilmente vem no pensamento a imagem do Homem-aranha ou Wolverine. Mas, com a disseminação da televisão e a criatividade a solta não é difícil encontrar em seriados e desenhos sobre o cotidiano, mártires da vida real. Há 15 anos, o programa E.R. (Plantão Médico, no Brasil) vem trazendo ao publico da Warner Channel a história de um hospital fictício da cidade de Chicago (Estados Unidos), o County General Hospital.

O recorde de audiência das 15 temporadas prova que é possível sim ver nas pessoas normais um Q de heroísmo. Afinal, médicos que trabalham em uma sala de emergência lidam com tudo, tudo mesmo. E.R. começou com um plano considerado falido. Seu roteiro original tinha sido escrito como um filme e com pretensões de ser dirigido por Steven Spielberg. No entanto, a pré-produção não seduziu o grande cineasta que parecia mais entusiasmado com outro projeto de Michael Crichton, Jurassic Park.

Quando o piloto da série médica foi ao ar inovando a televisão americana, com seus planos cortados trazendo de volta a câmera-olho, Spielberg viu que o programa tinha futuro e voltou para a equipe.  Foram 22 prêmios Emmy. Naquela época a falta de grana era tanta que o demo foi gravado em um hospital de verdade para cortar gastos com cenário. Na verdade, esse episódio está no papel desde 1974, quando Crichton teve a idéia baseando-se em seu trabalho em um pronto-socorro.

O conjunto de elementos agradou ao público. Até mesmo a música de James Newton Howard na abertura se tornou um ícone na televisão. O último encontro dos médicos com os fãs foi em outubro, numa final de 3 horas de duração com direito a entrevistas, choro e um remake de despedida do piloto. Sem contar na homenagem ao criador de E.R., que faleceu em novembro do ano passado de câncer.

Sem casamentos nem finais felizes, o fim foi um momento de reflexão e desencontros. Quase sem conclusão, pensando bem, pois nenhuma das histórias chegou a fechar seu ciclo. Não é revelado se o Dr. John Carter (Noah Wyle) se acerta com a mulher, Kem (Thandie Newton). A Dra. Elizabeth Corday (Alex Kingston), que deixou a série em 2004, continua sem namorado após a morte do marido, Dr. Mark Greene (Anthony Edwards). Cerca de 16 milhões de pessoas, nos Estados Unidos, acompanharam o evento.

O pediatra interpretado por George Clooney, salvador das crianças em estado terminal, vai ficar para sempre em nossas memórias. Para driblar esse vazio, o jeito foi criar outro seriado sobre medicina. Trauma estreou a pouco na Warner, uma mistura de ação com hospital que promete revelar os perigos de ser um paramédico. Criada por Peter Berg, Jeffrey Reiner, e Dario Scardapane, a série terá como atores principais Anastasia Griffith, Derek Luke, Cliff Curtis, Jamey Sheridan, Taylor Kinney e Kevin Rankin.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Glórias!

Como o semestre voltou e ando correndo feito louca, acabei não tendo tempo para parabenizar esse maravilhoso time gaúcho que é o Internacional. Ao completar seus 100 anos de história se mostra cada vez mais merecedor de suas conquistas. Parabéns colorado, pelas 100 velinhas sopradas no dia 4 de abril; pelos 100 gre-nais no Beira-Rio e pelo 100º gol em gre-nais comemorados no dia seguinte; e pelos 40 anos de estádio novo que se completam hoje mesmo.
INTERNACIONAL tu és campeão de tudo!!!
E que pena que o Roth não ficou :(
Hahaha.

site dessa grandeza: http://www.internacional.com.br/home.php

Por Deborah Cattani (óbvio)