quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A tênue linha entre a vida e a morte

Kevorkian em protesto em uma de suas audiências
A vida é um dos bens mais prestigiados no mundo todo. Viver e ter o poder de se viver é quiçá a maior conquista dos militantes pelos direitos humanos. Mas morrer sempre fez e sempre fará parte da vida. Por mais que algumas pessoas tentem impedir esse ciclo e desejem a imortalidade, é inevitável, tudo o que começa acaba um dia. Jack Kevorkian foi um grande entusiasta dessa ideia. Para ele, morrer era um direito tão crucial quanto permanecer vivendo. O médico de descendência austríaca e residente de Michigan, nos EUA, ajudou cerca de 130 pessoas a darem fim às suas existências. Para tudo! Não estamos falando de qualquer um. Estamos falando de doentes terminais, pessoas presas em seus próprios corpos, definhando a cada dia, esperando o fim de seus sofrimentos. Criticado pela mídia, por ativistas e religiosos, o Doutor Morte, como ficou conhecido Kevorkian, não se deixou abalar pelas leis americanas e enfrentou tribunais pela sua causa e de seus pacientes. Interpretado por Al Pacino no filme You don't know Jack (Você não conhece Jack), Kevorkian chegou a ser condenado e cumpriu mais de 8 anos de prisão, no entanto nunca deixou de lutar para difundir suas ideais sobre medicina e suicídio assistido. Infelizmente, até hoje, a eutanásia não foi reconhecida no estado de Michigan. Somente em três estados americanos a prática é permitida: North Carolina, Utah e Wyoming. Kevorkian faleceu esse ano, dia 3 de junho, aos 83 anos.

Material digno de estudo:

Artigo no New York Times
Legalidade da eutanásia no mundo na Wikipédia
Programa 60 minutos da CBS

Trailer do filme:

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