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Aula de legislação em jornalismo. Fim da manhã, barrigas roncando.
Colegas roncando. Uma garota gritando ferozmente que todos os jornalistas são honestos e não existe desonestidade nessa profissão perversa. As
cruzadinhas do
Correio do Povo não estão conseguindo me manter concentrada. Calor inesperado e não previsto pelo
Bom Dia Rio Grande. Realmente, ninguém fala nada com nada. E num momento propício como este, minha
colega me conta sobre um site na Internet que gera
assunto para quem não tem o que falar numa roda de bate-papo. Claro que, apesar de não acreditar que alguém pudesse perder seu precioso tempo fazendo uma palhaçada dessas, achei engraçado e decidi conferir. Site simples, sem
interfaces complicadas e
botõezinhos. Em uma tela branca absorvente apenas dois campos. Um diz, "Título da Obra"; e o outro
ingênuo diz: "Quantas frases?". Abaixo um único botão, "Gerar!", como um grito de guerra. Então, o leitor cansado das
estapafúrdias conversas de bar e, pior ainda, de não saber o que falar naqueles momentos em que é questionado sobre assuntos meramente complicados, tais como
CPI do Detran e
Dossiê Dilma, entra no "
Gerador de Lero-Lero"- como é conhecido. Prático, não?! O pequeno sistema que em alguns sites é em
flash, em outros, uma tecnologia desconhecida, gera milhões de frases
prolíxas, vazias e totalmente sem conteúdo. Sua função? Fazer alguém parecer superior falando besteiras sobre economia e política em bares
remelentos? Talvez. Há quem diga que este pequeno serviço
gratuíto na
Internet pode vir a ser útil para trabalhos de faculdade ou escolares, espero que não. Enfim, vivendo e aprendendo, inventaram a
Wikipedia, logo depois veio a
Desciclopedia e por aí vai. Qualquer dia acordamos em um Brasil igual ao de
Idiocracy.
E viva la revolucion!
Por Deborah Cattani
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