quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sobre escolhas, jornalismo e uma menina mulher

Risonha, observadora e tagarela, Lisiane Lisboa Souza, estudante de jornalismo na Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) não é mais uma daquelas menininhas que sonha com o brilho da fama midiática. Nascida no dia 3 de janeiro de 1989, crapricorniana, Lisi, como é conhecida entre parentes e amigos, estuda e trabalha enfrentando os caminhos e percalços da vida. Visa ainda, em seus planos futuros, terminar a faculdade e se Graduar também em História, que para ela “pode ser um importante complemento para o jornalismo”. Pretende trabalhar tanto com televisão como com jornais impressos.

Desde a sétima série tem seu destino profissional decidido pelo jornalismo. “Sempre tive muita facilidade nas redações e escrevia muitas coisas quando criança, tinha diários e fazia muitas cartas. Jornal então nem se fala, assistia desde sempre e imitava a Fátima Bernardes na frente do espelho”, conta Lisiane. Contudo, enfrentou momentos de indecisão ao terminar o Ensino Médio. Entrou na PUCRS no inverno de 2006 em jornalismo, mas resolveu trocar para Relações Públicas para ganhar meia bolsa filantrópica. Após três longos semestres, ela voltou a cursar a faculdade de seus sonhos. “Nunca tinha me imaginado fazendo relações públicas”, fala explicando porque não gostava do curso.
Um de seus passatempos é ficar sozinha em casa lendo e ouvindo música – samba rock e música popular brasileira, seus músicos preferidos são Jackson do pandeiro, clube do balanço e Chico Buarque de Holanda. “Ás vezes com namorado, fica muito difícil ter essa oportunidade”, confessa a estudante. Entretanto, se diz uma pessoa sociável: “sou muito curiosa, pergunto tudo quando sou apresentada á alguém”. É bem vaidosa e está sempre arrumada, “como toda mulher, demora um tempão para se arrumar e não cumpre muito os horários”, diz seu namorado. Leitora aficionada em livros de jornalismo investigativo revela ter um “espírito meio idoso”. Segundo ela, livros que retratam a realidade têm maior relevância do que os romances. Tem grande carinho por Caco Barcelos e seu trabalho investigativo nos livros Rota 66 e O Abusado. E é por isso que gostaria de seguir no ramo do jornalismo de investigação. “Mas acredito que seja um pouco sonho sem perspectiva de realização”, diz ela, “porque esse campo está em decadência, os que estão lá fazendo já são os veteranos”.
Faz estágio conveniado à PUCRS no Canal 20 da TV por assinatura. Trabalha na edição de pauta do programa Seis e Meia, e só necessita comparecer na redação duas vezes por semana, o resto do trabalho é feito em casa. Mesmo com essas tarefas, tem tempo para o namorado, Victor Herbst Garcia, que conheceu através do seu ex. Depois de terminar dois anos e meio de namoro, começou a conversar com este amigo, descobrindo várias afinidades em comum. “Somos realmente muito parecidos, acho que até almas gêmeas, pois nos encaixamos em tudo no relacionamento”, conta, agora com sete meses de namoro. Garcia diz que Lisiane é “uma pessoa carinhosa, compreensiva, muito calma, não é muito baladeira”. Um ano mais velho, ele faz curso técnico em administração visando arrumar um emprego para depois poder pagar uma boa faculdade.
O namorado conta que “ela é muito família, gosta de cozinhar (...)”. Lisiane mora com os pais, Arlete Lisboa e Claudemir Sousa. Seu relacionamento com a mãe é aberto e as duas são muito companheiras. “Minha mãe sempre me apoiou muito em todos os sentidos, tem muito orgulho de mim, porque acredita que eu escolhi jornalismo por causa dela, mas não foi. É que ela fez três anos de jornal na PUCRS, mas parou para cuidar dos filhos”, Lisiane diz que Arlete Lisboa cursou jornalismo em 1979. Já seu pai não compartilha do mesmo companheirismo, segundo ela, os dois têm suas “incompatibilidades”. Não possui animais de estimação no momento, mas divide a paixão por cachorros com o namorado.

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