Você já ouviu
falar de pitching ou crowdfunding? Pois se nunca escutou
essas expressões e quer continuar no mercado empreendedor é melhor correr
atrás, uma vez que estão surgindo novas formas de se captar financiamento,
público e até mesmo ideias para se montar um negócio.
Leonardo
Brant é um mestre da área. Escritor, documentarista, pesquisador, palestrante e
também empreendedor, Brant ficou conhecido por sua consultoria própria
especializada em desenvolvimento de negócios criativos. Afinal, só porque
estamos falando de administração, não significa que tudo tem que ser quadrado e
burocrático. Brant é responsável por iniciativas como Cemec, Deusdará, Casa8, Cultura e
Mercado, Empreendedores Criativos, Instituto Pensarte, Divercult, entre outras
que vale muito a pena conferir.
Além disso, o empresário tem seu
próprio livro sobre o assunto: O Poder da Cultura, lançado pela editora Peirópolis, em
2009. Editor do site Cultura e Mercado, idealizou e coordena a plataforma Empreendedores Criativos, que promove, divulga e
qualifica o empreendedorismo para a economia criativa no Brasil, em parceria
estratégica com o banco Santander.
Em 2010 fundou o Cemec, centro de formação especializado em negócios criativos, onde
coordena diversos cursos de gestão cultural. Além disso, ele tem forte presença no jornalismo e nas
redes sociais, já que é formado em Comunicação e especializado em Comunicação
Política na Faculdade Cásper Líbero e Filosofia na Universidade de São Paulo.
Confira abaixo o depoimento que ele deu
para o Media Stalker's.
[Media Stalker's] Como o pitching pode influenciar um crowdfunding?
[Leonardo] Geralmente as ferramentas
de crowdfunding contam com um vídeo
explicando o projeto e solicitando o investimento coletivo. É como se fosse um pitiching, pois o proponente deve ser
conciso e saber transmitir credibilidade e capacidade de realização.
[MS] O pitching pode ser usado em demais áreas?
[Leonardo] São muitas as áreas que
utilizam o pitching e suas técnicas
podem ser compartilhadas. Os investidores
anjo, por exemplo, costumam ter o primeiro contato com os investimentos em startup via pitching. É uma maneira eficaz de ter o primeiro contato com várias
iniciativas.
[MS] Por onde
começar para ter uma ideia executada e bem sucedida?
[Leonardo] Planejamento. Sem abordagem
estratégica, um bom plano de negócios e uma capacidade de modelar esse plano,
não é possível conquistar parceiros e investidores.
[MS] Por que é
importante para o pessoal envolvido com práticas culturais (cinema, teatro,
música) ter boas noções negócios?
[Leonardo] Porque estamos num país
capitalista, cheio de oportunidades de negócios para esses setores. A tendência
é que o Estado deixe de patrocinar ações viáveis mercadologicamente para
investir em pesquisa e infraestrutura. Obviamente que o Estado precisa dar condições
favoráveis aos empreendedores criativos, para que eles se sintam mais seguros
para arriscar e conquistar mercados.
[MS] Como
funcionam os cursos nessa área? Qual a metodologia?
[Leonardo] O Cemec privilegia o
aprendizado em rede. Não existe mais esse negócio de ter um grande especialista
que vai ensinar a fazer negócios. Estamos num mundo em ebulição, onde os jovens
se sobressaem e conquistam um espaço importante. Acredito que há uma trincheira
interessantíssima entre o ensino de negócios tradicional e o crowdlearning (aprendizado coletivo).
[MS] Vocês
recomendariam alguma leitura para quem está começando?
[Leonardo] Vou citar alguns livros que
considero essenciais para compreender e atuar nesse mercado: De onde vem as
boas ideias? (Steven Johnson, Ed. Jorge Zahar), A Ascensão da Classe Criativa
(Richard Florida, Ed. L&pm), Estratégia do Oceano Azul (Renée Mauborgne, Ed.
Campus), Business Model Generation (Alexander Osterwalder, Ed. Alta Books),
Cultura da Convergência (Henry Jenkins, Ed. Aleph) e Chief Culture Office
(Grant McCracken, Ed. Aleph).
[MS] Os cursos
de vocês são só em São Paulo? Existe algum online?
[Leonardo] Estamos realizando uma
série de cursos presenciais em outros estados, além de São Paulo, onde fica a
nossa sede. E temos promovido também atividades de fim-de-semana e de férias,
para facilitar a presença de profissionais de fora. Além disso, estamos
construindo uma ferramenta própria de ensino à distância, que facilitará o
acesso a quem está longe da capital paulista.
Confira aqui o
documentário produzido e dirigido por Brant sobre a indústria audiovisual
global:
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