quarta-feira, 11 de julho de 2012

Criatividade também é negócio


Você já ouviu falar de pitching ou crowdfunding? Pois se nunca escutou essas expressões e quer continuar no mercado empreendedor é melhor correr atrás, uma vez que estão surgindo novas formas de se captar financiamento, público e até mesmo ideias para se montar um negócio.
Leonardo Brant é um mestre da área. Escritor, documentarista, pesquisador, palestrante e também empreendedor, Brant ficou conhecido por sua consultoria própria especializada em desenvolvimento de negócios criativos. Afinal, só porque estamos falando de administração, não significa que tudo tem que ser quadrado e burocrático. Brant é responsável por iniciativas como Cemec, Deusdará, Casa8, Cultura e Mercado, Empreendedores Criativos, Instituto Pensarte, Divercult, entre outras que vale muito a pena conferir.
Além disso, o empresário tem seu próprio livro sobre o assunto: O Poder da Cultura, lançado pela editora Peirópolis, em 2009. Editor do site Cultura e Mercado, idealizou e coordena a plataforma Empreendedores Criativos, que promove, divulga e qualifica o empreendedorismo para a economia criativa no Brasil, em parceria estratégica com o banco Santander.
Em 2010 fundou o Cemec, centro de formação especializado em negócios criativos, onde coordena diversos cursos de gestão cultural. Além disso, ele tem forte presença no jornalismo e nas redes sociais, já que é formado em Comunicação e especializado em Comunicação Política na Faculdade Cásper Líbero e Filosofia na Universidade de São Paulo.
Confira abaixo o depoimento que ele deu para o Media Stalker's.

[Media Stalker's] Como o pitching pode influenciar um crowdfunding?
[Leonardo] Geralmente as ferramentas de crowdfunding contam com um vídeo explicando o projeto e solicitando o investimento coletivo. É como se fosse um pitiching, pois o proponente deve ser conciso e saber transmitir credibilidade e capacidade de realização.

[MS] O pitching pode ser usado em demais áreas?

[Leonardo] São muitas as áreas que utilizam o pitching e suas técnicas podem ser compartilhadas. Os investidores anjo, por exemplo, costumam ter o primeiro contato com os investimentos em startup via pitching. É uma maneira eficaz de ter o primeiro contato com várias iniciativas.

[MS] Por onde começar para ter uma ideia executada e bem sucedida?

[Leonardo] Planejamento. Sem abordagem estratégica, um bom plano de negócios e uma capacidade de modelar esse plano, não é possível conquistar parceiros e investidores.

[MS] Por que é importante para o pessoal envolvido com práticas culturais (cinema, teatro, música) ter boas noções negócios?

[Leonardo] Porque estamos num país capitalista, cheio de oportunidades de negócios para esses setores. A tendência é que o Estado deixe de patrocinar ações viáveis mercadologicamente para investir em pesquisa e infraestrutura. Obviamente que o Estado precisa dar condições favoráveis aos empreendedores criativos, para que eles se sintam mais seguros para arriscar e conquistar mercados.

[MS] Como funcionam os cursos nessa área? Qual a metodologia?

[Leonardo] O Cemec privilegia o aprendizado em rede. Não existe mais esse negócio de ter um grande especialista que vai ensinar a fazer negócios. Estamos num mundo em ebulição, onde os jovens se sobressaem e conquistam um espaço importante. Acredito que há uma trincheira interessantíssima entre o ensino de negócios tradicional e o crowdlearning (aprendizado coletivo).

[MS] Vocês recomendariam alguma leitura para quem está começando?

[Leonardo] Vou citar alguns livros que considero essenciais para compreender e atuar nesse mercado: De onde vem as boas ideias? (Steven Johnson, Ed. Jorge Zahar), A Ascensão da Classe Criativa (Richard Florida, Ed. L&pm), Estratégia do Oceano Azul (Renée Mauborgne, Ed. Campus), Business Model Generation (Alexander Osterwalder, Ed. Alta Books), Cultura da Convergência (Henry Jenkins, Ed. Aleph) e Chief Culture Office (Grant McCracken, Ed. Aleph).

[MS] Os cursos de vocês são só em São Paulo? Existe algum online?

[Leonardo] Estamos realizando uma série de cursos presenciais em outros estados, além de São Paulo, onde fica a nossa sede. E temos promovido também atividades de fim-de-semana e de férias, para facilitar a presença de profissionais de fora. Além disso, estamos construindo uma ferramenta própria de ensino à distância, que facilitará o acesso a quem está longe da capital paulista.

Confira aqui o documentário produzido e dirigido por Brant sobre a indústria audiovisual global:

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