Já imaginou montar um negócio antagônico ao mercado? Estar em um ramo,
mas ser, ao mesmo tempo, contrário aos ideais deste? Pois é exatamente isso que
faz a Não Editora. Da cabeça de seis não editores e oito não autores, esse negócio surgiu com o objetivo de não ser apenas
uma crítica ao mercado editorial, mas também de trazer à tona um novo modelo de
fazer literatura.
Com um manifesto que mais parece uma carta de amor cheia de eufemismos,
a empresa funciona online e dispõe
obras gratuitas para download. Para os que
quiserem ir além do gatilho, há também uma loja virtual. O que impressiona no
excelente trabalho é a riqueza de detalhes: ao clicar em um livro do catálogo nos é
oferecido mais do que somente o preço. Resenhas elaboradas, visualização em
alta de capa e contracapa, resumo e assim vai. Chega a dar água na boca e sede
de leitura.
Para quem pensava que vender livros era negócio antigo e burocrático,
esse grupo surgiu para provar o contrário. Quando entramos no site, o clima de
sala de estar dos anos 50 nos toma de jeito. O cachimbo que cunha o nome da
empresa nos remete aos tempos em que segurar um livro era possuir o tesouro do
conhecimento, um contrate com a proposta digital.
Como eles mesmos propõem na página, “Assim como a
tela é a manifestação do pintor, que contém os seus pensamentos e contestações,
o livro deve ser um meio para os escritores e suas obras. Por isso, valorizamos
o design de nossos livros, fazendo com que eles reflitam a qualidade do texto
que estamos oferecendo aos leitores. Queremos
que o nosso público não tenha vergonha de assumir que julga o livro pela capa.
E por que não?”.
Vale a pena conferir e se deixar contaminar por essa não inventividade.
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