quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O negócio do jornalismo

O norte-americano, Bill Kovach, defendeu ontem, no último dia das Jornadas de Comunicação Social da Universidade do Minho, que a inclusão de empresas informativas dentro dos grupos econômicos é uma ameaça para a sobrevivência da imprensa independente. Kovach, autor da obra "Os Elementos do Jornalismo", citou os Estados Unidos como exemplo. Segundo ele, no país, grande parte da indústria da mídia pertence a multinacionais. "A ABC News representa menos de 2% dos lucros da Disney", contou. O investigador da área disse que o " jornalismo sempre foi um negócio, mas, até poucos anos atrás, havia a ilusão de que o jornalista tinha uma obrigação social que poderia ir além dos interesses imediatos dos patrões". Kovach lembrou que "a ideia de que os jornalistas não devem encontrar obstáculos na hora de investigar, mesmo à custa de outros interesses financeiros do dono do jornal, é o que faz a sociedade acreditar numa empresa jornalística". Anabela Gradim, da Universidade da Beira Interior, apresentou "o jornalista do futuro como uma espécie de MacGyver, homem dos mil e um recursos, que trabalha sozinho, equipado com uma câmara de vídeo digital, telefone satélite, computador portátil", tentando atingir vários meios simultâneamente.

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