Post by Deborah Cattani.
Minha vida passou por um recente reboliço em função deste texto acima. Recebi elogios, ameaças, xingamentos e todo o tipo de reação possível. Não esperava, não esperava nada disso e por diversos momentos cheguei a odiar essa exposição. As palavras que eu vomitei na rede social não foram palavras de ódio e, sim, de um desespero de quem vê vidas humanas sendo massacradas de uma maneira inexplicável e quase inacreditável. Mas eu não vim aqui explicar o que eu sinto sobre o grande conflito no Oriente (nem tão) Médio.
Das coisas que eu aprendi, a mais importante foi que não temos liberdade de expressão. É uma ilusão, uma falácia, dizer que as redes sociais nos permitem atingir o mundo com todo o tipo de opinião. Podemos até atingir, mas temos que nos lembrar que o mundo nos atingirá de volta. Na verdade, ouvi, nos últimos dias, uma infinidade de gente me dizer que eu jamais deveria ter exposto o que eu sentia. Estamos em pleno século XXI, falamos livremente de sexo, de condição social, de política, no entanto, certos assuntos seguem sendo "certos assuntos".
Aprendi que pessoas, que se dizem bem informadas, vieram dolorosamente me criticar, se utilizando de links provenientes de veículos como Veja, Brasil 247 (desconheço) e Wikipedia. Aprendi que nunca tive verdadeiros amigos nos colégios de educação judaica, pois 99% deles acha que o meu texto foi um ataque pessoal aos anos de bullying que sofri na infância e adolescência. Aprendi que meu sentimento é fruto de algum recalque ou trauma que sofri no passado, afinal, nenhuma pessoa em sã consciência diz de verdade o que pensa. Aprendi que a minha página pessoal não é minha, que não posso controlar o que se passa nela, pois cada vírgula descontenta. Aprendi valiosamente que posso mover montanhas com alguns toques de teclado, mesmo que inocentemente.
Aprendi que existe muitos como eu e acho que essa foi uma das melhores coisas que aprendi. Aprendi que qualquer frase negativa contendo qualquer palavra que remeta ao judaísmo é uma tentativa de antissemitismo. Aprendi que as pessoas não sabem escrever antissemitismo, tão pouco a gravidade do significado da palavra. Aprendi que o ódio nasce ao contrário: quanto mais você aponta uma atividade inescrupulosa, mais apontam para você e te chamam de inescrupulosa.
Olha... só tenho a dizer que com este novo visual, você está mais linda ainda. O resto pouco importa! rsrsrs
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