Na primeira terça-feira de junho (02), os jornalistas Luiz Antônio Duarte e Sérgio Lagranha visitaram os alunos de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul da disciplina de Assessoria de Imprensa para falar sobre comunicação empresarial e suas jornadas profissionais. Sócios da empresa ComEfeito Comunicação Estratégica, uma assessoria criada no ano passado em conjunto com o jornalista Carlos Alberto de Souza, Duarte e Lagranha iniciaram suas carreiras na redação de veículos locais, logo depois de pegarem o diploma.
“Na época em que nós trabalhávamos como repórteres, o assessor era discriminado por ser vinculado ao governo militar. Eles eram apelidados de ‘chapa-branca’ e muitas vezes tinham apoio do ditatorialismo para o qual trabalhavam, o que justificava o preconceito”, Duarte comenta sobre a dificuldade de se trabalhar com assessoria nos anos de chumbo, quando o campo era extremamente ligado à política e seu sistema ilegítimo no país. Por isso, a maioria dos jornalistas buscava emprego em jornais e rádios.
Só mais adiante, nos anos 70, que os assessores viraram a mesa e começaram a crescer no mercado de trabalho. Em parte para melhorar a comunicação das organizações, em parte para realmente fazer a comunicação das mesmas. Os profissionais mais experientes migraram para o novo ramo, enquanto que a nova geração de recém formados ia povoar as redações midiáticas. Mas nem tudo se consagrou com esse processo, segundo Lagranha, o processo provocou um desfalque nos veículos de pessoas com conhecimento histórico, momento do qual as matérias passaram a perder em conteúdo.
Então, surgiu espaço também para o empreendedorismo na comunicação e jornalistas, hoje em dia, têm a possibilidade de ter um negócio próprio. “É importante integrar todas as áreas da comunicação em uma assessoria”, ressalta Duarte, que acha que a abrangência é o caminho para fazer parcerias com outras áreas da comunicação. O conteúdo agora é prioridade, e já não importa mais o meio de divulgação. Lagranha complementa: “por isso é necessário que o profissional se adapte às particularidades de cada cliente”.
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