quinta-feira, 18 de junho de 2009

Mamãe, vou fazer medicina

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Revista VOTO

Acordei hoje com a fala aguçada de Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), comparando a profissão de jornalista com a de um cozinheiro de restaurante de fast food. Achei que estava sonhando ainda, mas não. Era o Bom Dia Rio Grande, dando uma ótima notícia - momento de sarcasmo - depois de 20 anos de luta, os políticos conseguiram derrubar a exigência do diploma de jornalismo para exercer a função.

Afinal qualquer imbecil pode escrever. Todo mundo sabe o que é lead, calhau e boneco, não é? Pois é, editar vídeo é como fritar bife, fácil, fácil. É porque não é o Mendes que precisa viver disso. Sem diploma não há mais piso salarial, o empregador pode pagar um salário mínimo pro cara trabalhar feito escravo por "40h" semanais.

Bom, já que é assim, não há muita diferença entre um açougueiro e um cirurgião. Por que não derrubar o diploma de todos os cursos de uma vez? Vamos logo para a anarquia generalizada! A gente já sai despreparado do Ensino Médio (EM), perdido e jovem demais para escolher o futuro. Ainda assim somos obrigados a escolher uma profissão e ingressar nela. Ralar estudando por pelo menos 4 anos para pegar em um canudo. E vou te contar que faculdade, tem muitos problemas que desestimulam as pessoas... De qualquer maneira, quando estamos na metade do caminho, quase nos acostumando à idéia vem um maluco dizer que escrever dá no mesmo que preparar um hamburguer. Revoltante, mas melhor não se estressar.

De agora em diante, só vou cursar profissões que com certeza sempre vão exigir diploma, porque nada pode ser mais degradante do que perder 4 anos, gastar 100 mil reais para ganhar o mesmo que um Zé Mané que terminou o EM e acha que escreve bem.

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