quarta-feira, 15 de abril de 2009

Heróis da medicina, depois de 15 temporadas eles dizem adeus


Quando falamos de super-heróis, facilmente vem no pensamento a imagem do Homem-aranha ou Wolverine. Mas, com a disseminação da televisão e a criatividade a solta não é difícil encontrar em seriados e desenhos sobre o cotidiano, mártires da vida real. Há 15 anos, o programa E.R. (Plantão Médico, no Brasil) vem trazendo ao publico da Warner Channel a história de um hospital fictício da cidade de Chicago (Estados Unidos), o County General Hospital.

O recorde de audiência das 15 temporadas prova que é possível sim ver nas pessoas normais um Q de heroísmo. Afinal, médicos que trabalham em uma sala de emergência lidam com tudo, tudo mesmo. E.R. começou com um plano considerado falido. Seu roteiro original tinha sido escrito como um filme e com pretensões de ser dirigido por Steven Spielberg. No entanto, a pré-produção não seduziu o grande cineasta que parecia mais entusiasmado com outro projeto de Michael Crichton, Jurassic Park.

Quando o piloto da série médica foi ao ar inovando a televisão americana, com seus planos cortados trazendo de volta a câmera-olho, Spielberg viu que o programa tinha futuro e voltou para a equipe.  Foram 22 prêmios Emmy. Naquela época a falta de grana era tanta que o demo foi gravado em um hospital de verdade para cortar gastos com cenário. Na verdade, esse episódio está no papel desde 1974, quando Crichton teve a idéia baseando-se em seu trabalho em um pronto-socorro.

O conjunto de elementos agradou ao público. Até mesmo a música de James Newton Howard na abertura se tornou um ícone na televisão. O último encontro dos médicos com os fãs foi em outubro, numa final de 3 horas de duração com direito a entrevistas, choro e um remake de despedida do piloto. Sem contar na homenagem ao criador de E.R., que faleceu em novembro do ano passado de câncer.

Sem casamentos nem finais felizes, o fim foi um momento de reflexão e desencontros. Quase sem conclusão, pensando bem, pois nenhuma das histórias chegou a fechar seu ciclo. Não é revelado se o Dr. John Carter (Noah Wyle) se acerta com a mulher, Kem (Thandie Newton). A Dra. Elizabeth Corday (Alex Kingston), que deixou a série em 2004, continua sem namorado após a morte do marido, Dr. Mark Greene (Anthony Edwards). Cerca de 16 milhões de pessoas, nos Estados Unidos, acompanharam o evento.

O pediatra interpretado por George Clooney, salvador das crianças em estado terminal, vai ficar para sempre em nossas memórias. Para driblar esse vazio, o jeito foi criar outro seriado sobre medicina. Trauma estreou a pouco na Warner, uma mistura de ação com hospital que promete revelar os perigos de ser um paramédico. Criada por Peter Berg, Jeffrey Reiner, e Dario Scardapane, a série terá como atores principais Anastasia Griffith, Derek Luke, Cliff Curtis, Jamey Sheridan, Taylor Kinney e Kevin Rankin.

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