Há tempos que a maior polêmica das aulas é o paternalismo do estado brasileiro. Fato verídico e vergonhoso. Mamamos todos os dias na teta do governo (como diria Juremir Machado da Silva), somos mais do que dependentes, somos um canguru filhote andando dentro da barriga. E mesmo assim vivemos de reclamar e cobrar, de achar problemas e justificá-los como culpa do governo.
Afinal quem é o governo? O Lula? O Capitão América? Não! Somos nós! Quem faz o governo é o povo, mas parece que os brasileiros não sabem disso de jeito nenhum. E claro que não vão saber tão cedo. É do interesse de todos continuar mamando nessa teta. Pra que educar o povo, se no momento em que o povo souber como fazer as coisas de nada vai adiantar chorar já que ele vai saber se virar sozinho e sozinho construir país melhor do que este.
É minha gente, quando se começa a estudar o comportamento humano e se entra no quesito Brasil e se descobre que fazemos parte de sociedade tão inescrupulosa, preguiçosa, desinformada e egoísta, sentimos uma facada nas costas. O pior de tudo é ver que o tempo todo fomos tão individualistas como qualquer outro brasileiro, que ajudamos a construir isto que agora nos serve de pátria, que somos cúmplices da violência de alguma forma.
Somos todos cegos ou cangurus, se não mamamos na cara dura, fingimos que não sabemos de nada para que a vida não seja tão difícil. Passamos reto diante das crianças indígenas famintas e moribundas no centro de Porto Alegre, jogamos lixo no chão e reclamamos do Dilúvio, somos tão cruéis que ainda colocamos a culpa numa entidade maior, acima de nós. Cazuza tinha razão, "Brasil, mostra a tua cara quero ver quem paga pra gente ficar assim...", esse Brasil é o Brasil do povo, é o brasil de Roberto da Matta, jeitinho brasileiro.
A verdade é que nunca fazemos a nossa parte. Chega de ignorar tudo, devemos agir agora antes que seja muito tarde. Antes que todos fumem a semente do Armandinho!!! Ainda há alguma chance de mudar e conscientizar toda essa geração jovem que está crescendo alienada e sem futuro. Ainda existem índios para salvar...
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