sexta-feira, 25 de junho de 2010

Apuração jornalística na era tecnológica

Atualmente é comum o uso da internet para acatar dados. Graças a essa ferramenta, recebemos notícias de países do outro lado do planeta em segundos. Mas, a inserção do novo advento também trouxe problemas.


Por causa dessa facilidade, a cobertura feita pela mídia se estendeu para englobar o fluxo diário de informações. A corrida pelo furo ficou mais acirrada. A quantidade de concorrentes aumentou. O jornalismo se tornou um negócio. A crise do papel contribuiu, uma vez que a produção para o meio digital tem custo inferior.

Todos esses aspectos fizeram com que o jornalismo abrisse mão da qualidade. O conteúdo perdeu espaço e se tornou menos importante que o design. Erros sobre pequenos fatos se tornaram habituais. E a reprodução e a cópia fizeram com que todos os meios sustentassem uma mesma mentira.

Um caso interessante foi a história do manifesto “Cala Boca Galvão”, na plataforma Twitter, microblog de mensagens instantâneas. Internautas do Brasil linkaram suas mensagens à expressão, causando um furor de dúvidas no mundo inteiro. Na afobação de informar seus leitores, os jornais americanos pegaram a versão da internet, que afirmava que a frase era um protesto para salvar aves brasileiras da extinção.

Corriqueiros ou não, os erros são prejudiciais a sociedade, a curto e longo prazo. Nossa vida é, em parte, regida pela mídia. Se a previsão de um jornal diz que vai chover, carregamos uma sombrinha. Se a reportagem de economia esclarece que o dólar caiu, aumenta o investimento externo e o consumo de importados. Até mesmo quando algum famoso morre, ficamos sabendo pela mídia e nos compadecemos com uma situação distante da nossa vida.

Fazer jornalismo é fazer parte de um complexo social muito maior do que imaginamos. Somos responsáveis pela regência de várias coisas que ocorrem diariamente. Nossa responsabilidade ética deve vir antes da vontade de ser o primeiro sempre. Precisamos repensar o modelo atual e nos organizarmos para cumprir nosso compromisso de maneira justa, correta e digna.

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