quinta-feira, 10 de junho de 2010

A linguagem do poder

Saiu, ontem, um artigo no site Observatório de Imprensa chamado "O público não é estúpido" de Venício A. de Lima. O texto fala sobre o discurso do jornalista Robert Fisk, correspondente da "3ª Guerra Mundial", em um seminário da televisão Al Jazeera. Por um viés interessante, o colunista não entra tanto na questão Palestina, pelo contrário, aborda a interpretação ocidental.
A linguagem do poder está tomando conta do jornalismo e, segundo Fisk, o público não se deixa cegar. Eu creio que nos últimos tempos a mídia vem mesmo maquiando certas expressões para vender ideias, porém vejo que a reação das pessoas não é muito diferente. Talvez não se possa generalizar o público. No ocidente, temos países de primeiro e terceiro mundo, pessoas pobres e ricas recebendo o mesmo tipo de informação.
E já diziam os teóricos da informação, a bagagem cultural faz toda a diferença em um processo comunicativo. Não creio que a maioria das pessoas compreendam pequenas mudanças como as mencionadas no discurso de Fisk e citadas no artigo. Até porque, existe uma visão errônea no mundo ocidental sobre o que se passou e se passa no oriente médio. Culpa da mídia? Também. Essa questão cultural se desenvolveu de tal maneira que não abre mais portas para análises. Tudo o que sabemos é que sempre vai depender do ponto de vista de alguém e da hermenêutica inserida nesse contexto.

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