Buenos Aires não é uma cidade perfeita. Seu centro é sujo, caótico e os mendigos se multiplicam a cada esquina. Mas os cheiros de frituras, café e baunilha dominam as artérias urbanas que cortam pequenos bairros. As construções antigas dividem espaço com monstros de aço e vidro tornando a paisagem ainda mais encantadora. Puerto Madero é um mundo a parte. A névoa grossa que se põe sobre o La Plata no inverno dá um ar de mistério ao lugar.
Até as pombas são diferentes! Mais robustas, mais petulantes também. Há uma umidade incessante que não estraga o passeio, pois todos os lugares, todos mesmo, têm calefação. É um bota e tira casaco. Cidade plana de fácil exploração, Buenos Aires é uma mini Paris, Lisboa, Londres, Madri... São tantas as culturas que ali se chocam que muitas vezes já não se sabe mais que língua se escuta e com qual responder.
Os hermanos? Extremamente hospitaleiros e sorridentes. Tudo bem, a economia deles não permite que eles recusem turistas, mas não é só isso. As pessoas te atendem com prazer, te agradam e são solícitas. Não da vontade de ir embora.
Os museus têm entrada gratuita e poucas linhas amarelas. As obras são interativas e convidam o público para uma nova jornada pela arte, tanto moderna como também contemporânea. Nos teatros, filas imensas. Espetáculos para todos os gostos e estilos, famosos ou não. As vitrines dos cafés exibem o poder do imaginário do dulce de leche desafiando qualquer dieta.
Ir par lá é mais do que viajar. É inserir-se em um ambiente rico e se deixar contaminar pelo novo e pelo velho também. A visita vale cada centavo.
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