Já não é de hoje que morrer de overdose virou moda. Quando meus pais eram jovens, já era considerado um ato típico de astros e celebridades. Era como um suicídio em homenagem aos princípios daquela geração. Atualmente, não mudou muito. Aliás, o caminho para essa estrada costuma ser bem conhecido. As pessoas começam com pequenos escândalos. Uma que outra prisão no estilo Lindsay Lohan. Perde-se um namorado. Acorda-se com três. Uma loucura para os paparazzi. Roubos, mentiras e um pequeno descontrole emocional completam o quadro. Alguns conseguem se recuperar. Outros renegam a rehab. Porém o fim é cotidiano. Quantos já não se foram assim? Até o Heath Ledger quis ser parte dessa onda. O mais incrível é que por mais maléfico que seja, há um ar de romantismo em deixar o mundo através das drogas.
Em vez da sociedade recriminar os astros, eles são tratados com amor, carinho e comoção. Flores e fotos são deixados em suas casas. Os fãs mais sagazes levam até bebidas e cigarros. O drogado é posto em pedestal. Alguns dizem: "Esse morreu herói!" Eu me pergunto: "Mas herói do quê? Nunca peleou uma batalha." Acontece que o simples feito carrega uma simbologia em si. Acho que é um fato que nunca terá outro rumo. Um fim em si mesmo. Enquanto alguns estão, sim, lutando contra um mal poderoso, outros se utilizam disso para conquistar uma página de revista, um noticiário importante, quiça uma biografia.
Lista das personalidades do rock e suas causas de morte
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