Pipa de letras vira filme

Fonte da Notícia

Após conquistar o mundo em 2004 com o livro "O Caçador de Pipas" (The Kite Runner, Nova Fonteira), Khaled Hosseini concordou em transforma sua obra literária em filme. O romance que retrata o Afeganistão do passado e do presente da perspectiva de dois amigos e seus erros, foi considerado um Best Seller, tendo 2 milhões de exemplares vendidos somente nos Estados Unidos. Hosseini, que nasceu em 1965 no Afeganistão, mora nos Estados Unidos desde a infância, onde se formou em medicina. A literatura era apenas um passatempo entre o hospital em que trabalhava e sua família, mas com este livro, seu dom foi revelado. Assim, foi agraciado por muitas revistas e jornais, até mesmo por escritores estrangeiros como Isabel Allende, "Esta é uma daquelas histórias inesquecíveis, que permanecem na nossa memória por anos a fio. Por muito tempo, tudo o que eu li me pareceu sem graça. Todos os grandes temas da literatura e da vida são o material com que é tecido esse romance extraordinário: amor, honra, culpa, medo, redenção". E agora em 2008, a ficção saiu das letras e passou para as telas de cinema, dando vida à uma história triste, mas que mostra a importância da amizade e da cumplicidade no nosso dia-a-dia. Com a estréia prevista no Brasil para o dia 18 de janeiro deste ano, os cinemas estavam abarrotados desde o dia anterior. A curiosidade era imensa. Pessoas lendo o livro mais de uma vez para ver o filme que se passa no Afeganistão com atores deste e segue quase a risca partes do livro. Claro que no filme algumas coisas são cortadas, já que o livro de 368 páginas possui muitas histórias instigantes que foram deixadas de lado. Mesmo sendo efêmero, o filme foi ao ar com mais de 2 horas de duração. A sala de cinema foi ficando escura e dava para ouvir comentários nervosos e ansiosos sobre este. E quando as luzes se ascenderam novamente, pessoas chorando, rindo ou até mesmo pasmas, como se tivessem visto aquela história pela primeira vez. Apesar da fidelidade do filme, dirigido por Marc Forster, e de sua ótima fotografia, ainda acho o livro mais impactante, já que neste a história ganha um grau mais pesado em relação a violência cometida em certas situações. Também por que há coisas que não se pode mostrar assim no cinema tão escandalosamente, como a parte em que o pequeno Sorahb (filho de Hassan, personagem do livro) tenta cometer suicídio ou então as longas horas que Amir (personagem principal e narrador da história) passa no hospital e depois fugindo do regime talibã. Mesmo assim, o filme consegue transmitir boa parte da mensagem do livro. O Caçador de Pipas ainda está em cartaz nos principais cinemas do país e para quem já conferiu o livro e o filme, há também o site interativo http://www.kiterunnermovie.com/.