terça-feira, 19 de março de 2013

Clap Clap CQC

Jornalistas em geral adoram falar mal da mídia, de como ela é massiva e derrete o cérebro da população. Principalmente os integrantes de tais mídias. Não que todos os programas e veículos prestem, mas vez que outra alguém acerta na pauta e tem sucesso na cobertura.
Um exemplo disso é o Custe o Que Custar (CQC), da Band. Polêmico até a alma por misturar jornalismo e humor (junção não muito bem vista na academia - por isso que eu estudo isso), o programa sabe usar técnicas jornalísticas que muitos profissionais com anos de estudo e doutorado desconhecem.
Acho fantástica a apresentação e o enquadramento (conferir Traquina e Goffman) que eles aplicam aos episódios. Criticar não é pra todo mundo. Ainda mais quando o público em questão não é A e B, e sim C, D e E.
Há muitas coisas que podem desagradar no CQC, como arrogância e falta de respeito, ou até mesmo baixo nível. Porém a leitura que eles fazem da política brasileira é mais sincera que os noticiários considerados sérios.

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Voltei a acreditar...

Acreditar no amor em pleno século XXI é um lixo. Motivo: a morte do romantismo. A paixão vem com toda força arrancando as árvores na margem do córrego. E o amor se faz brotar no peito das pessoas. Mas o que fazer com ele?
Aí que está o problema. O maldito problema. As pessoas esqueceram, por vontade ou descuido, o que se faz do amor. O romantismo está morto e enterrado e não há esperanças. Homem que abre a porta do carro? Esqueça! Se você não falar para ele abrir, ele nunca o fará. E qual a graça em dar coordenadas no óbvio? Em traçar uma vida planejada e cheia de observações de como fazer e agir?
Não é questão de deixar rolar, pois o romantismo não é mais natural ao novo ser humano. Nos tornamos mais singulares e egoístas do que nunca. Cada um na sua tela, preocupado com o seu nível de satisfação. Agradar o outro virou pesquisa no Google. O fator surpresa se perdeu na ascensão do feminismo.
Muitas mulheres vão me desmoralizar por esse post. Não ligo. Sou romântica, sou passadista. Se acredito no amor, quero ele por completo. Quero ele sem sindicâncias. Quero amar e ser amada sem esperar demais, pois serei surpreendida a todo instante.
O romantismo não é apenas atos ou palavras. Ele está nas pequenas ações do cotidiano. É ele que faz os olhos brilharem por causa de uma mensagem boba no celular. É ele que anima um dia ruim no trabalho, que dá forças para que se supere barreiras. Não, não é o amor, porque o amor sozinho não basta a ninguém.
Se o amor por si só nos bastasse, não precisaríamos declará-lo nunca. O romantismo é que faz o amor ser especial e digno de ênfase.
Não falo tudo isso apenas por desilusão. Fico chocada que as pessoas não se elogiem, não se incentivem, não troquem carícias... Acho triste que, por qualquer que seja o motivo, isso foi enquadrado como errado, tanto para os homens, como também para nós, mulheres. Que mal tem em querer receber um agrado? Que mal tem em agradar?